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Somos uma ilha de desencanto

21/04/2013 08:32

 


Na verdade não somos. Apenas estamos.

E vamos conseguir, um dia, deixar de lado os desencantos e criar ao nosso entorno as melhores coisas deste nordeste.

Ou deste Brasil.

Terrível olhar para os lados e ver a deseducação, a falta de uma política firme para a saúde, para a segurança, para as nossas crianças e para os idosos.

Péssimo sentir que a corrupção ainda grassa e que maus políticos ainda fazem parte desta ilha.

Bom saber que ainda existem administradores públicos que desejam o melhor para nós e que lutam por um estado e por cidades melhores.

Mas, infelizmente, são minoria num mar de desejos dos que buscam a riqueza súbita com, pasmem vocês, a merenda escolar, por exemplo.

Li uma pesquisa nacional que afirmava o fato de que se conseguíssemos diminuir a corrupção deste país em vinte por cento, todas as verbas para a saúde e educação estariam garantidas.

Então vemos que nossos desencantos são inúmeros e de todos os lados.

Não só de nossa pequena ilha chamada Alagoas, mas da grande e desejada ilha chamada Brasil.

Que, por sua vez, também sofre as pressões, de todos os lados, de países grandes e poderosos que nos querem deles a todo custo.

O que fazer?

Pensar, planejar, agir.

E, sobretudo, buscar com os poucos bons governantes – e nós os temos – uma conscientização maior para os que virão.
 

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Empreendedores Domésticos - uma solução.

06/04/2013 08:51

Vamos e venhamos que o impasse é grande.

Uma cultura errada, mas desenvolvida através de séculos não pode ser mudada de uma hora para outra sem que existam os diversos tipos de protestos.

Não só os protestos por parte de empregadores que, sem dúvida terão que abrir mão de suas empregadas ou então adaptarem-se integralmente a uma lei que não levou em conta as suas diferentes situações econômicas.

Então, até que as coisas realmente se ajustem haverá muito desemprego, muita troca de efetivos por diaristas, que pelo fato vão praticar a auto-valorização e um verdadeiro caos será instalado pelo setor.

Pensamos muito no assunto e achamos que uma fórmula existente no mercado de hoje poderia ser aproveitada, transformada e utilizada para os chamados empregados domésticos.

O governo criaria a moldes do MEI – Micro empresário Individual, a figura do MED – Micro Empresário Doméstico dando a ele todos requisitos de micro empresário com direito a INSS e com um desconto irrisório de 39,00 por mês e que até poderia ser pago pelo empregador.

Com isto, eliminaríamos os estúpidos custos inseridos e acabaríamos com o malabarismo das horas extras e adicionais noturnos, dentre outros.

Porque o MED seria uma empresa e, como tal, estabeleceria contrato de serviço com regras próprias e bem definidas junto ao empregador.

Vamos discutir a idéia?

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Entrar no "facebook" agora é jogo perigoso.

03/04/2013 08:39

Foi aprovada a chamada Lei Carolina Dieckman que incrimina os roubos feitos pela internet, as invasões de “hackers” e ainda prevê o mau uso da imagem das pessoas por terceiros.

Isto quer dizer que, se você encontrar impropérios e inverdades contra a sua pessoa e quem o fez estiver definido nas redes sociais, tranquilamente você poderá processá-lo e o crime poderá dar uma pena de até dois anos de prisão, além, óbvio, dos danos morais e materiais.

Já era tempo que uma lei como essa chegasse, ainda que em período inicial possa ser difícil de se aplicar.

Mas trata-se de um grande avanço, principalmente para as vítimas de alguns “faceanos” e “orkuteanos” que não devem ter o que fazer a não ser o de tentar denegrir a imagem de seus semelhantes.

Por vinganças bestas ou por maldade pura.

O dia deles está chegando e parabéns ao Congresso Nacional que aprovou a lei.

Além dos cumprimentos à atriz que não teve medo de seguir em frente com suas denúncias.
 

Pois é! O jogo agora é perigoso e o buraco é mais embaixo.

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O Salão de Beleza

26/03/2013 07:17

Maria, Amélia, Tereza, o nome é que pouco importa, mas a elas muito importa frequentar diariamente um bom Salão de Beleza.
O Salão é de beleza, com certeza, mas em gostosa mistura o que tem mais é...feiura!
Velha que estica a pele, passa creme de limpeza,
ou sei lá o que ela viu
e passa Assolan ou Bombril.
E quando a doença é crônica é só tomar em gotinhas três vidros de loção tônica.
E a mulher da Zona Sul ?
A água faltou em casa ?
É só correr pro Salão e tomar banho de shampoo.
Ah ! mas ela é gorda demais !
Um banho turco resolve com quatro quilos de sais.
E a operação continua num tremendo rififi:
manicure, pedicure, mis en plis,
tem rinsage, tem besteira,
tem bobagem e mais o cabelereiro que pra final de conversa
não está totalmente inteiro.
Tem uns ares refrescantes, ventilados, refrigerados, bestiais
mas que as mulheres, coitadas, sempre acham geniais.
No Salão vai muita gente.
Umas fazer permanente, outras vão pro sofrimento
fazer o alisamento
e sempre tem a riquinha que não tem o que fazer,
tem dinheiro pra dar, tem dinheiro pra vender e
vai ao Salão todo dia só pra botar laquê !
Mas também tem a pobrezinha
que ainda não acostumou com a cara que Deus lhe deu,
faz mistura, faz tintura, lava a cabeça na pia
e quando sai pelas ruas
parece propagandista de alguma tinturaria.
E aquela velha sapeca que havia entrado enrugada,
passou por Seca e por Meca e que saiu remoçada...
De dia parece uma gata, mas quando chega a noitinha
bem na hora de deitar,
começa a se revelar.
E o marido, coitado, fica todo apavorado
vendo a mulher desmanchar.
Os cílios viram chouriços porque eram mesmo postiços.
Das unhas nada tem mais. Eram artificiais.
Ficaram os cabelos só daquela velha maluca ?
Nem isto. A velha usava peruca.
E pra final de conversa a velha, na ordem inversa,
começa a se preparar, na verdade, despencar.
Tira rouge, tira o pó, tira os dentes e o nariz -
mas que suplício infeliz!-
tira braço, ante-braço, tira os peitos, que cansaço!
Não falta tirar mais nada deste corpinho tão bom ?
Falta sim. Falta o baton.

Agora, é esticar o corpo depois da lida do dia
porque amanhã, a Maria, já combinou com a Amélia que acertou com a Tereza
para as três se reunirem
lá no Salão de Beleza.
 

seta

O buraco

24/03/2013 12:44

Começou pequenininho, era aquele buraquinho que por ele não passava nem a bola de bilhar.
De repente, olha o buraco a se espichar, na rua central, a mais central do lugar.
Quando alguém reclamou e ligou para a Prefeitura,
de lá responderam assim:
“Tapa com esparadrapo que o buraco assim tem cura”.
E o buraco foi crescendo, o pessoal desviando,
o povo ainda tentando do buraco se livrar.
Mas que buraco legal !
Ao cabo de uns bons três anos lá já tinha um coqueiral.
E quando algum descuidado pelo buraco caía,
no jornal sempre saía o drama do envolvido, claro, na coluna certa:
a do desaparecido.
E o buraco foi crescendo, crescendo, até que um dia, afinal,
alguém resolveu fazer uma investigação e programou direitinho,
para lá, uma excursão.
Convocou a imprensa falada, escrita, televisada,
deu entrevista de herói, disse que o povo se dói,
e que no dia seguinte quando voltasse dalí, ralado, cheio de dor,
se lançava candidato até pra governador.
E mergulhou, de cabeça, no buraco do horror.
Mas que surpresa engraçada ele encontrou no buraco.
Lá dentro tinha de tudo:
Muita rua asfaltada sem um buraco sequer;
um povo ordeiro, pacífico respeitando, vejam só,
os direitos da mulher.
E um grande supermercado bem no meio do buraco com uma grande sensação:
Os preços sempre marcados com custo abaixo do chão.
Foi quando olhou o buraco
com grande sofreguidão e
viu uma estrada comprida.
Sem saber a direção
foi caminhando, caminhando, caminhando
e foi grande o seu espanto, seu ardor, sua emoção.
Descobriu que a Prefeitura não estava errada, não.
Mas que obra grandiosa, meu Deus, quanta sensação! Aquele buraco grande que fora aberto no chão
era a grande ligação
Entre o Brasil e o Japão.

 

seta

Primeira Edição © 2011