Hugo Taques
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Mulheres que são como o mar, são grãos de areias
Que ao vento se movem e se juntam na praia
Em poderosas dunas barrando as ondas.
São como o próprio mar: vastas e profundas!
Um oceano de águas agitadas, frias, salgadas
Que escondem, em seus horizontes, doces segredos e inquietantes mistérios.
Podem ser tranquilas e calmas se a brisa lhes tocar a face com ternura,
Mas devastadoras como ondas gigantes que rebentam e movem pedras nas encostas.
Mulheres que são como o mar, são águas doces que lavam a alma,
Banhando o corpo de sal, deixando agradável e úmido aroma de maresia,
Como as marés: transbordam ... invadem!
Sofrem alterações cíclicas em seus fluidos
Causadas por interferências gravitacionais da lua.
São de lua!
Um porto seguro em qualquer praia,
São âncoras em metais nobres e não se deixam corroer pelo sal,
Não permitem embarcações desviarem seus rumos pelas correntezas.
Para o navio desorientado nas noites de tempestades,
São faróis, fonte de luz que iluminam o perigo.
Mulheres que são como o mar, se ameaçadas,
Recuam como as ondas para ganhar forças e retornarem mais fortes.
Guerreiras na essência d’alma vão a combate com toda leveza
E encanto de uma dança, num constante vai e vem à beira da praia.
Se deixam pegadas nas areias e as ondas apagam,
Logo a frente deixarão outras mais profundas.
Mulheres que são como o mar, não são todas.
Têm que ter a pele queimada, dourada, melanina ativada,
Pelos radiantes, com muito, mas muito brilho da luz do sol
São de todas as cores: Azul, verde, vermelha, laranja,
amarela, anil, violeta, preta, branca... Índia.
Do norte, do sul, do leste ao oeste,.
E de todas as raças.
Maceió – AL, março de 2022 Hugo Taques
• Fiz este poema inspirado no projeto – Mulheres Que São Como o Mar – idealizado por Adriana Tenório.
Primeira Edição © 2011