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"HABEMUS PAPA?"

16/02/2013 17:00

É com esta frase que o mundo vai ficar sabendo, mais uma vez, que um novo Papa reinará em Roma.

Só que, desta vez, de maneira quase inusitada, uma vez que o último Papa a renunciar o fez há 590 anos atrás. O Papa Gregório 2.

Para nós que nos lembramos do Papa Pio XII, de seu vigor, de suas decisões, da seriedade de um Paulo 6º, que vimos João 23 ascender ao trono de Pedro, que acompanhamos a trajetória de João Paulo 2º e que sempre acreditamos que um novo Papa só aconteceria por morte do reinante, a súbita renúncia de Bento 16 nos deixou a todos atônitos e nos levou a várias reflexões, inclusive a de que as últimas gerações acostumaram-se a ver na figura do Papa alguém infalível e carismático o suficiente para cumprir suas obrigações e devoções até o seu último minuto de vida.

A renúncia demonstra ao mundo o lado absolutamente humano do Papa e o coloca entre todos os mortais que precisam de decisões tomadas muitas vezes em meio a muitas indecisões.

Portanto faz-se necessário que o mundo católico, o mundo cristão, passe a olhar o Papa com o respeito e religiosidade, mas também como um homem que tem direito a se cansar, a se sentir doente e até a renunciar de um cargo por motivos políticos, internos ou externos.

Não se pode deixar de lado o fato de que o Vaticano é um pequeno país que reina em todo o mundo.

Um mundo repleto de política, de políticos e de interesses os mais diversos.

Como chefe de estado, um Papa navega também em meio a esses interesses os quais desconhecemos.

Portanto, com tranquilidade, vamos aguardar a fumaça branca e a famosa frase “habemus Papa”.

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O povo merece os estádios que vai ter?

04/02/2013 18:04

Claro que não estou falando do povo de um modo geral.

Mas aguentar grande parte de torcidas vândalas que já estão a vandalizar os novos estádios brasileiros, é demais!

O novo do Grêmio, em Porto alegra recebeu aquela avalanche de gente mal educada e os alambrados foram para as cucuias

O Mineirão, novinho, só porque teve um problema de abastecimento de água de beber ou não sei mais o que, no dia da inauguração, viu cadeiras destruídas e banheiros quebrados.

Que civilidade é essa?

Que povo é esse que se permite acabar com um patrimônio feito por ele e para ele e que visa garantir dois acontecimentos internacionais de grande visibilidade?

A continuar nos exemplos inaugurativos chegaremos às Copas das Confederações e do Mundo

com estádios destruídos a pedirem socorro a não sei quem!

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"Papel não evita o fogo".

01/02/2013 07:57

Depois da enorme tragédia que, até agora, vitimou 240 pessoas, jovens, promissoras, na Boate Kiss, em Santa Maria, vemos uma imensa discussão e mobilização em todo o Brasil, buscando, sobretudo, quem tem papéis, alvarás e outras coisas que dizem que aquele estabelecimento X pode ou não funcionar.

Para nós está tudo errado e está na hora, isto sim, de reunir as autoridades responsáveis por fazerem funcionar essas boates e casas de shows e buscarem todas as falhas existentes, com papel ou sem papel, mudar as regras, analisar materiais que sejam realmente anti-inflamáveis, buscar soluções de engenharia que façam crescer as portas de saída, principalmente quando a casa não tem laterais disponíveis.

A Boate Kiss teve o início do incêndio em um material anti-ruído, mas absolutamente inflamável. e os bombeiros sabiam?

Importante também é criar dispositivos na lei que travem os funcionamentos sem que tudo esteja realmente de acordo.

Por outro lado, bombeiros e prefeituras precisam ser minuciosos na concessão de licenças que terão que ser absolutamente calcadas nas regras que, insisto, precisam ser estudadas e implantadas com urgência.

Técnicos não faltam em nosso país.

E, quanto a dizer que boates funcionavam aguardando revisões porque a fila é grande, que seja maior ainda, mas que na hora do fogo ele, o fogo, não prevaleça.

A não ser que desejemos com os nossos atuais “papéis” estimular mais fogo e mais mortes por aí a fora.

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O Big Brother dos Políticos

27/01/2013 07:21

Imaginem um “reality show” onde os escolhidos para o confinamento seriam políticos.

Melhor ainda, não haveriam escolhidos e os lugares seriam todos os frequentados por eles.

Imaginem as câmeras funcionando e o Brasil inteiro ligado nas conversas, nos acordos, nas tramas, nos projetos – dentre eles os bons – que ajudam este país a crescer ou a diminuir dependendo dos interesses.

Imaginem, bastando ligar as TVs, sabermos imediatamente que estaria havendo um plano para um grande mensalão ou que este ou aquele projeto, para ser aprovado, prometia mundos e fundos a altos e baixos cleros.

Imaginem as conversas de bastidores nos restaurantes mais “chics” ou nos botecos mais simples dos interiores, onde prefeitos negociam emendas e outras coisas mais, dentre elas os superfaturamentos e as mutretas licitatórias.

maginem um “reality” em que pudéssemos ver com clareza as boas notas de real ou de dólar passando de mãos em mãos e os fiéis portadores treinados por circenses especializados em fazerem as ditas cujas sumirem pelas cuecas.

Mas o país perderia a graça se fosse ao ar tal programa

O que iria fazer a polícia federal?

O que iriam fazer os “experts” em inteligência, os que, quando querem, chegam ao fundo do poço?

E aí, sim, restaria ao país promover uma enorme reforma política, uma revolução de métodos e sistemas e uma enorme confiança numa nova geração que vem aí.

Mas, não se preocupem os atores em questão porque, certamente, não haverá nenhum “Big Brother dos Políticos”.

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Estamos de volta e perplexos.

25/01/2013 08:36


Não, gente! Não viajamos e nem podíamos porque a maldita hérnia de disco quase acabou conosco.

Mas, com um mês, melhoramos.

Não estamos bons, mas melhores, o que é ótimo diante das dores que vivemos.

Mas, por que perplexos?

Porque tivemos tempo para ler, ver noticiários, entrevistas e, sobretudo, para pensar.

E, descobrimos que a luta por um mundo melhor continua inócua.

Pelo mundo a fora a violência não escolhe mais porta, nem janela, nem calçada.

Chega, não vê cor nem coração.

Não vê idade, nem sexo, nem mais nada.

Simplesmente chega como se fora prevista para mudar a face do mundo.

Banalizada de tal modo chegamos a nos surpreender com as notícias que já precisam ser bem diferentes para que nos abalem.

Antigamente, uma agressão física era uma monstruosidade, um crime contra a pessoa era um fato que nos assustava por dias.

Hoje, banais, não nos sentimos bem com isso, porque verificamos que, enquanto sociedade vamos aceitando a criminalidade como algo já comum em nossas vidas, em nossas cidades, em nossos caminhos.

Queríamos ter lido menos, ter visto menos ou dormido mais.

Precisamos reagir.

Ficarmos perplexos não basta.

Simplesmente culpar autoridades é pouco.

Precisamos participar a todo o custo.

Pregando idéias e ações, cobrando planos e estratégias porque, meus amigos, estamos lamentavelmente em guerra.

E devemos nos sentir a todos, convocados.

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Primeira Edição © 2011