seta

402 postagens no blog

Quem quer outra revolução?

15/06/2013 08:16

 

O país começa a viver um período que não me agrada.

Os movimentos sociais, estudantis, urbanos e de campo, tudo isso reunido nos faz lembrar outros tipos de protestos que acabaram levando o Brasil a uma situação de regime militar, por muitos amargada, por tantos outros endeusada.

Neste momento, não me cabe fazer a crítica do que foi certo ou do que foi errado até porque o Brasil que se diz democrata aí está cheio de erros de imposições de poderes diferenciados e até de confrontamento entre eles.

No entanto é preciso analisar alguns aspectos do momento atual, como a leve subida da inflação – que se não for controlada vira dragão – a perda de significativos pontos de aprovação do governo Dilma, a falta de crescimento do país em vários setores da economia, a falta de segurança, de educação e de saúde, todos fatores que, se não vivêssemos querendo paz, já teriam sido mais do que suficientes para quem gosta de guerra.

Perder o controle é uma questão de segundos, de pequenos atos, de falta de reflexão.

As polícias militares de vários estados não estão acostumadas a lidar com situações como as que estamos vendo nas ruas e a fabricação de vítimas pode ser fatal para a democracia brasileira.

Por tudo isto, afirmo e reafirmo que os cavalos na Ouvidor, no Rio de Janeiro, impondo-se às multidões, por exemplo, ainda são lembranças fortes de quem viveu aquela época.

Nada contra as forças armadas e muito menos contra os poderes instituídos.

Mas me parece que é chegada a hora de eles, os poderes, se entenderem visando o fortalecimento da democracia sem democratura e do respeito à constituição de cima para baixo como o exemplo que se espera.

Quanto aos protestos e movimentos serão legítimos sim, à medida em que não confundam democracia com anarquia.

Ninguém, acho eu, quer ver mais o Brasil em regime de exceção!

seta

A praga dos ratos humanóides

07/06/2013 16:46

Se o remédio foi descoberto ou se é definitivo não o sabemos.

O fato é que está sendo administrado em todos os cantos do país e essa praga de ratos humanóides que nos infesta desde o descobrimento deste país está sendo combatida e os danados estão saindo das tocas, tontos, sem entender ainda o que está acontecendo.

Saem ratos das prefeituras, das Assembléias, dos executivos federais, estaduais e municipais, saem ratos do congresso nacional, da justiça em todas as esferas, são ratos e mais ratos que dormitavam rechonchudos, gordos com reais, dólares e euros e, agora, submetidos à mais péssima das rações possivelmente irão dormitar em celas que jamais imaginavam frequentar.

São vítimas da era do celular, da tecnologia, dos grampos fatais, mas, na realidade, vítimas deles próprios, de suas línguas soltas, de seus descasos com o dinheiro público, de suas vanglórias e bravatas por terem entrado no submundo da corrupção.

Os ratos transmitiam dentro da própria raça a sua peste bubônica e contaminavam a tudo e a todos sem entenderem que, um dia, poderiam ser contaminados pela vontade do povo brasileiro em exterminá-los porque, por aqui, ainda existem pessoas e não ratos, gente que não admite tirar a comida da boca de crianças carentes, que não compactua com a compra de ratos pelos ratos e nem de mensalões enriquecedores dos já acostumados a vender e comprar consciências.

Esses ratos, grandes, imundos, agora estão cobaias de gente de bem que os quer exemplos do que a sociedade realmente deseja.

O extermínio começou já há algum tempo e vai caçá-los em todos os rincões do país.

Os jornais, as rádios e as TVs estão em rodízio permanente de notícias mostrando os aprisionados por esta guerra que o Brasil exigiu.

Uma guerra onde as armas são a honestidade, a decência, a integridade, mas, sobretudo, a exigência de que se punam os culpados pela degradação de uma sociedade que, no final das contas é boa e quer ressurgir do nada para um futuro honesto e desenvolvimentista.

Quem sabe, um dia, o IBGE faça um censo e mostre o quanto de dinheiro público foi roído pelos ratos infames?

Neste dia, então, saberemos direitinho o quanto o Brasil perdeu; o quanto o Brasil deixou de crescer junto às maiores nações do mundo.

seta

O dever cumprido

29/05/2013 16:19

Dormir bem, neste mundo atormentado, sem dúvida é privilégio de poucos.

As agruras da vida, a luta pela sobrevivência, a competição acirrada, tudo leva o cidadão brasileiro a não ter grandes possibilidades de um bom sono.

No entanto, alguns fatores são essenciais na busca desse descanso.

E um desses fatores, indubitavelmente é a sensação gostosa do dever cumprido.

A vida é feita de missões.

Algumas mais, algumas menos espinhosas.

As oportunidades que se apresentam no decorrer da existência nem sempre são as que o acompanharão ao fim de seus dias mas em todas deve prevalecer o cumprimento do dever acompanhado do cumprimento do prazer.

Porque o trabalho deve ser um prazer também, uma maneira de colocar na prática o que os conhecimentos planejaram; um modo de dividir com os outros as experiências que o tempo cultivou; um modo de colher os frutos e de continuar semeando. Principalmente quando a missão é realizada já no avançar dos anos.

É preciso coexistir com o moderno e com o antigo, saber usar o aprendizado do tempo para realizar o novo.

Ser paciente sem se despersonalizar, ser humilde sem se deixar humilhar, ser didático e se deixar didatizar porque aprender é a mais espetacular arte que a vida nos ensina.

Dizem que os cabelos brancos nos trazem sabedoria, mas, na verdade, a grande sabedoria está em se deixar chegar ao tempo junto com o seu próprio tempo.

Respeitando o de cada qual e amealhando adeptos ao seu modo de ser.

A conquista do espaço é preciosa para quem pretende continuar lutando pelo que acredita e pelo que viveu.

Nada de desistências, principalmente quando tudo nos parecer adverso.

Nada de autopunição ou autocomiseração.

Tudo de luta, de amor pelo trabalho que faz parte da própria existência e que funciona como um combustível, como um aditivo a um motor que pode estar desgastado pelo tempo, mas que tem a potência dos novos na corrida da vida.

Olhar a estrada e os quilômetros percorridos acelera o ânimo nos quilômetros a percorrer.

Nada de “pit stop”, nada de paradas ou de quebras.

O dever e o prazer fundidos numa só missão, se nós queremos, chegarão no último segundo aos pódios que desejamos.

Devidamente cumpridos.

seta

Qual o poder de fogo da 2a mulher mais poderosa do mundo?

27/05/2013 06:58

É uma boa pergunta sabermos até que ponto Dilma Roussef tem a força que a ela se atribui.
Chegou à presidência da república como “bala de canhão” atirada que foi pelo canhão- mor, Lula.

Que, sem dúvida, tinha condições de deflagrar a bala pela sua grande estratégia popular – ou seria populista? – na época das eleições anteriores.

E, assim, tiro a tiro, a presidente que, por decreto e vontade própria. virou presidentA, apesar do crasso erro de português, vem governando o país com vontade de acertar, mas ainda não conseguiu definir se sua força governamental irá representar poder político suficiente para uma reeleição.

Dois “jovens” estão na luta. Um, Aécio Neves, herdeiro político e neto de um mito chamado Tancredo Neves; o outro, Eduardo Campos, também herdeiro político e neto de outro grande mito que foi Miguel Arraes.

Além dos inúmeros outros candidatos no meio do caminho.

São desafios práticos independentes dos desafios do dia a dia, do combate à maldita inflação que vem ameaçando voltar e, sobretudo, da antipatia que, dizem, a presidente busca contra si entre as paredes de seu gabinete.

Eleita que foi a segunda mulher mais poderosa do mundo, grande jogada de “marketing” internacional, pode, no entanto, ser um grande engodo quando der o tiro pra valer.

E, ao invés de um tiro de canhão, pode ser de pistolinha e contra o próprio pé.
 

seta

Antes do emprego a hora é de gerar trabalho

25/05/2013 07:26

A realidade do nosso estado precisa ser enfrentada com coragem, mas, sobretudo, com sinceridade.

Quando falamos em segurança, por exemplo, queremos ir buscar no social todas as culpas para o estado de quase pânico em que vivemos.

E aí, vemos as autoridades e os analistas de plantão buscando desculpas na falta de educação e na desproporcionalidade da renda da população.

Tudo isto seria perfeito não fora a falta de sensibilidade para que determinadas ações sejam tocadas sem a necessidade de grandes estruturas institucionais, mas simplesmente usando o bom senso e os exemplos de atitudes vitoriosas.

Daí, o título deste artigo que pede para que se deixe em segundo plano a geração de emprego e se coloque na vitrine a geração de trabalho como o fator mais importante para o cidadão, para a família, para a comunidade e para a segurança de um povo.

A questão, complexa, sem dúvida, busca apoio em vários aspectos, todos eles voltados para o cooperativismo, esta força de união ou esta união de forças como o queiram chamar que muda vidas, que provoca crescimento, que gera trabalho, energia e riqueza. Se os dirigentes não o desejam, se insistem em negar a sua força isto é estória que pode fazê-los, um dia., entrar na história como vencedores ou como fracassados.

Num estado pobre como Alagoas, mas rico de gente, de idéias e de vocações, a necessidade de se gerar trabalho é ainda maior do que em outros estados.

O inchaço das grandes cidades, como Maceió, a migração constante em outros municípios, a pobreza na linha da miséria, tudo isto, deve-se à falta de produção, de trabalho, de incentivo, de capacitação e de qualificação, metas que podem e devem ser alcançadas não pelo poder público, mas através do poder público, como instrumento necessário ao incentivo que a população deve ter para encontrar o seu destino.

Nas cooperativas, todos são donos do seu próprio negócio; todos progridem na razão direta do seu trabalho e da sua produtividade, por mais humilde que seja esse trabalho.

No entanto, haveremos de convir que ninguém, principalmente nas faixas mais carentes de educação, pode sair por aí, abrindo cooperativas ou pequenos negócios, sem que sejam motivados e instruídos para tal.

É onde entra o nosso projeto que, anos atrás, foi exaustivamente colocado em gabinetes de decisão deste estado, sem que tivesse a repercussão necessária, mas que, temos a certeza de podermos levar adiante, quem sabe, como projeto estruturante para o futuro de Alagoas ou de uma cidade como Maceió, por exemplo.

A idéia é que seja criada a AFC – Agência de Fomento ao Cooperativismo, gerida por autoridades governamentais e da iniciativa privada (ligada ao cooperativismo) com as funções de mapear vocacionalmente a cidade ou o estado, dependendo da abrangência da agência, estimular, em função das vocações, a criação de novas cooperativas, capacitar, qualificar e orientar através da OCB-AL, estimular o crédito cooperativo e cidadão e, com isto, gerar trabalho em todos os pontos do estado ou da cidade, acabando com a ociosidade e com a busca desesperada pelo emprego tradicional.

Que não se diga que este não é o papel do governo ou das prefeituras porque o é; e como exemplo desta afirmação, o Ministério do Trabalho e Emprego, criou  a Secretaria de Economia Solidária, a SENAES, exclusivamente para os assuntos de associativismo e cooperativismo aplicando 40 milhões no Brasil, sem nenhuma demanda do estado de Alagoas.

É preciso acreditar. A nossa Pindorama não nasceu grande e é uma enorme demonstração da força do cooperativismo.

Aos 21 anos tive a honra de ser diretor-comercial de uma cooperativa, uma das maiores do país, a CCPL-Cooperativa Central dos Produtores de Leite e que continua liderando no Rio de Janeiro.

Mas, nem precisamos pensar tão alto. Pensemos na formação de cooperativas no sertão, em todas as regiões do estado e até sabemos de que tipos, mas coerentes com o que pensamos e escrevemos, o mapa vocacional antes de tudo.

Importante, governador e prefeitos é que se acredite que a “idéia nova é uma nova conjugação de velhos elementos” e que a nova conjugação que propomos é a aglutinação do desejo e da necessidade orientados por uma ação governamental que só pode trazer resultados os mais positivos.

Abrir os olhos para o cooperativismo é criar motivos para gerar cabeças pensantes e ativas. Uma segurança, sem dúvida.
 

seta

Primeira Edição © 2011