A sexta-feira é ansiadamente esperada por conta de um sábado e um domingo que às vezes são decepcionantes.

Quando velho, feio e maltratado, o carro é um meio de transporte. Quando novo e bonito é um meio de transporte da vaidade humana.

 A conversa entre dois seres humanos é uma batalha que pode durar o tempo falado ou persistir por anos a fio no tempo pensado.

O espelho é fantástico e revelador. Diante dele você pode ficar completamente nu ou vestir a personalidade que quiser. A análise é sua.

O cartão de visitas trocado entre amigos é sinal de que não eram tão amigos assim. Afinal, saberiam endereços e telefones.

Reunião de família fina é uma briga consagrada onde todos ignoram tudo para só falarem depois que voltam para suas casas.

No crime organizado não existe prejuízo nem balanço auditado como na Petrobrás. Se a coisa vai mal cortam o mal pela raiz. Ou será pela cabeça?

Entre a bela e a fera existem os que preferem a fera porque quando a bela vira fera a fera fica mais bela.

Nesta vida moderna, as saias subiram tanto e os decotes desceram tanto que o que mais se espera é esse encontro genial.

Não tenham dúvidas.

O homem, o estadista, o governante de visão que fundou a Petrobrás em 1954, sem dúvida alguma deve ter perdido a paz da eternidade ao constatar o que está acontecendo com a empresa fadada a ser uma das maiores do mundo.

E ela chegou a tal posição.

Um orgulho para os brasileiros, uma honra para a nação.

E aí, passados 61 anos da sua fundação vê-se um balanço auditado ser publicado e nele serem constatados 6.1 bilhões de dólares de prejuízo atribuídos à corrupção instalada naquela empresa e quase 50 bilhões, também de prejuízo obtidos pela incompetência e pela má gestão.

É triste, muito triste lembrar do slogan de nascimento da empresa - “O petróleo é nosso”- confundido por verdadeiros criminosos que acharam que o petróleo era deles e não do Brasil.

Que medidas estão sendo tomadas na verdade não se sabe.

O ridículo de ver um Ministro da Fazenda dizer que o caminho vai ser retomado porque o tal balanço disse a verdade não garante que os investidores vão acreditar que a verdade continuará.

O que lamentamos profundamente é ver nossa principal empresa jogada aos lobos, lançada às traças.

E o grande Vargas, se estiver vendo, deve estar irado por não poder cometer outro histórico e salvador suicídio.

 O terrível desastre que vitimou 140 pessoas e que trouxe à questão o fato de que pode ter sido um ato de suicídiotambém a grandes reflexões quanto ao comportamento humano e não quanto ao comportamento mecânico e tecnológico das aeronaves que transportam 700 milhões de pessoas por dia, sendo portanto confiáveis.

Mas quem confia no ser humano tão cheio de problemas, de equívocos?

Tão psicologicamente afeitos aos efeitos da própria vida que coloca em nossos cérebros o que há de pior do dia a dia?

Quem pode adivinhar o que se passou na cabeça daquele co-piloto do momento em que trancou a porta da cabine ao momento em que viu o bico do avião chegando rapidamente a um final incrível nas encostas dos Alpes?

Por isso é bom saber que a confiança dos homens nos homens precisa aumentar e as companhias de aviação precisam divulgar quem está comandando nossas vidas, expondo os nomes da equipe, do comandante aos comissários e comissárias, com liberação em prazos curtos de doenças físicas e psíquicas.

Atestados liberatórios com prazos curtos e informações fora e dentro da aeronave.

Pelo menos, não ficaremos à mercê de surpresas, apesar do imponderável que sempre pode acontecer.

Na verdade, o Brasil poderia dar um exemplo e um de nossos deputados entrar com a lei que isso exigisse.

Alô bancada federal de Alagoas.!    

                 Quem não se lembra daquele famoso Edifício "Balança Mas Não Cai".

Um edifício cheio de humor, piada para todo o lado, humoristas os mais famosos desfilando suas agruras, tristezas e até felicidade pelos corredores, saguões e cantinho do edifício.

Pois existe um... Um não.

Muitos "balanças mas não caem" lá pela capital federal.

Muitos humoristas querendo fazer o povo rir enquanto outros nos preferem fazer chorar.

Muita situação que nem parece da vida real e muita, mas muita mesmo confusão por todos os cantos numa desenfreada corrida para ver quem é o mais sabido.

Sabido?

Sabidos e espertos estão por todos os lados procurando onde está o bolo da eterna festa, cada qual querendo pegar o seu quinhão.

O edifício está cheio.

Gente saindo pelo ladrão.

Ou será ladrão saindo como gente?

O fato é que naquele lugar tudo balança, tudo está em eterno estado de ebulição mas - incrivelmente fantástico - não cai.

E não cai porque fica difícil encontrar engenheiros especializados naquele tipo de obra.

Tem sempre alguém que coloca uma estaca, um amparo aqui, outro ali enquanto todos vão tentando sobreviver a furacões petrolíferos da mais alta qualidade.

E nesse balançar sem fim, podem ter certeza:

Nem nada nem ninguém cai. 

Se a presidente Dilma parasse para pensar e quiser sair do grave problema em que se meteu de maneira honrosa e objetiva proporia, ela mesma, uma emenda à constituição, antecedida de grande discussão nacional visando a transformação de nosso regime, de presidencialista para parlamentarista.

Um regime moderno, bonito, repleto de possibilidades, de transparências, permitindo que o presidente, no caso a presidente, seja verdadeiramente Chefe de Estado enquanto o Primeiro-Ministro venha a ser o Chefe do Governo.

No regime parlamentarista, o presidente escolhe o Primeiro-ministro que forma o seu gabinete com o respaldo do Congresso, da mesma maneira que ele próprio pode cair ou seu gabinete, caso haja um voto de desconfiança nas suas atitudes e ações.

O que está acontecendo no Brasil não estaria ocorrendo se o regime fosse parlamentarista.

Estudem, pensem e voltem às ruas.

Mas voltem com uma proposta viável e sadia.

Vamos levantar a bandeira do parlamentarismo em todo o país.

É chegada a hora.