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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

Jornal de resistência, patrimônio dos alagoanos

27/07/2015 10:02

Há 12 anos em circulação, informando a sociedade alagoana com imparcialidade, o Primeira Edição é um jornal de resistência.

Quando o fundou, em 2002, Luiz Carlos Barreto sabia que estava assumindo um desafio, grande desafio: manter um periódico em tempos de crise em um mercado de fortíssima concorrência.

O desafio transformou-se em projeto vitorioso e o Primeira Edição, ao longo dos anos, converteu-se em leitura preferencial dos alagoanos nas segundas-feiras.

Este ano, em quatro de maio, o PE circulou com uma super edição comemorativa de seus 12 anos de existência. Sinal de vigor e de determinação para a continuidade de uma luta que ainda terá muitos desafios e muitos avanços pela frente.

No comando da empresa, o Luiz Carlos Barreto demonstra, hoje, a mesma confiança e o mesmo entusiasmo que o moveram há 12 anos a lançar mais um jornal em Alagoas. É um guerreiro.

Um empresário determinado, consciente de seu papel e por isso tem contado com nosso apoio e nosso engajamento.

Mais do que um projeto de resistência, o Primeira Edição é hoje um patrimônio da imprensa alagoana, prestigiado por anunciantes e leitores. Precisamente como deve e merece ser.

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Tese de 'golpismo' põe Dilma e PT contra as instituições

24/07/2015 18:21

 

O astral no Planalto é o pior possível, a presidente Dilma anda vendo fantasmas por toda parte e suas noites solitárias devem estar carregadas de pesadelos. Veja: uma simples convenção do PSDB fez a presidente, incontinente, convocar uma reunião emergencial de ministros e líderes dos partidos aliados. Na pauta: reacender o discurso de que a oposição voltou à carga com proposta de golpismo, isto é, de impeachment presidencial.

Observe, leitor, como ressoa o coro petista: “Oposição quer derrubar Dilma golpeando a democracia”. Acusam Aécio Neves de turbinar o movimento pró impeachment, dizem que a oposição busca um terceiro turno da eleição presidencial, enfim, insistem em que um golpe está em marcha contra a vontade das urnas.

É discurso, apenas discurso de quem está com medo. A presidente vocifera: “Daqui não saio. Que venham me tirar. Isso é moleza, não existe base para o impeachment”. Por traz da orquestra, uma orientação tática: é preciso insistir na questão do ‘golpe’.

Tudo bem, mas, que golpe? A Justiça Federal descobre mil e uma irregularidades envolvendo a cúpula petista. É golpe? A Polícia Federal detona o esquema de roubalheira dentro da Petrobras, denunciando líderes partidários do PT e ligados ao Planalto. E golpe? Empresários depõem ao Ministério Público e à Justiça Federal denunciando doações ilegais para a reeleição de Dilma. É golpe? O Tribunal de Contas da União detecta as ‘pedaladas fiscais’, que comprovam crime de responsabilidade cometido pela presidente. É golpe? É o PSDB que está conduzindo isso?

O que está evidente – e basta um pouco de percepção para alcançar o intento – é que Dilma e seu grupo estão, na verdade, se insurgindo contra a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a própria Justiça Federal, além, claro, do Tribunal de Contas da União. A rigor, são essas instituições que estão sendo acusadas de conspirar contra a democracia, urdindo um golpe para destituir a presidente. A ‘sutileza’ reside em que, se acusá-las, se culpar as instituições pelo saldo bombástico das investigações que comprometem o governo, o grupo palaciano não terá como falar em ‘golpe’, simplesmente porque não há como acusar o TCU, o MPF e a Justiça Federal de ‘golpismo político’. Então, a saída é dizer que ‘a oposição é que está tramando o golpe’.

Aliás, os petistas, em seu discurso cuidadosamente engendrado, têm sempre o cuidado de não falar em ‘golpe contra Dilma’, mas ‘contra a democracia e as instituições’. Isso, até porque, é o povo  hoje, que já não aceita Dilma na presidência.

Não, de forma alguma, ninguém quer apear Dilma do poder na base do grito e da porrada. No fundo, a oposição é vítima do esquema criminoso de poder armado a partir da chegada de Lula ao Planalto, mas não prega nem defende qualquer ação golpista. E não haverá golpe porque, quem toma (ou tomava) o poder à força são as Forças Armadas, hoje subordinadas a presidente. Se Dilma tiver de ser destituída – e vale enfatizar que já existe base para isso – será rigorosamente dentro da legalidade. E não vale a tese de que a presidente não deve responder pelo crime das ‘pedaladas’ fiscais porque, antes, outros cometeram o mesmo delito e não foram julgados nem condenados. Isso equivaleria a dizer que qualquer pessoa pode sair matando por aí, sem ter que prestar contas à Justiça e à sociedade, somente porque, antes, outros mataram e não foram para a cadeia.

 

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Seria a ponta do iceberg?

20/07/2015 06:06

O ciclo petista, segundo estudiosos, será marcado por três espetaculares escândalos de corrupção. No início do governo Lula, que marcou a chegada do PT ao poder central, só um lunático faria tal previsão. Hoje, sabe-se que dois desses escândalos já foram estourados: o mensalão, que consistia na ‘compra’ de votos de congressistas com recursos rapinados de empresas públicas, e o petrolão, o bilionário esquema de desvios e dinheiro da, antes, toda poderosa Petrobras, para bastecer contas bancárias de políticos e partidos governistas. E o terceiro?

Aqui e ali, em tom sombrio, menciona-se o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – como um monumental foco de distorções financeiras que, a se confirmar, poderia transformar o mensalão e o petrolão em esquemas de quinta categoria. Portanto, algo de dimensões cósmicas.

No governo, Teotonio Vilela cansou de acusar o BNDES de emprestar dinheiro (montanhas de dinheiro) a juros subsidiados para empresas estrangeiras, enquanto impunha taxas extorsivas aos estados e municípios brasileiros. Como explicar isso? É apenas um caso isolado, mas, claro, digno de análise.

Sintomático, contudo, é ouvir a Rádio Jovem Pan – de linha editorial absolutamente independente, com viés crítico em cima do governo petista - veiculando anúncio do BNDES, com ênfase na transparência de seus atos. Por que será que o banco em questão estaria tão preocupado em demonstrar transparência, investindo em propaganda (em tempos de crise e de contenção do próprio governo federal) numa emissora de rádio que tem dedicado grandes espaços aos escândalos de corrupção no País?

 

A HORA DO ADEUS...

De fininho, o PMDB vai se distanciando do PT, desencarnando do governo Dilma. Até o contido Michel Temer, vice-presidente, já admite que seu partido lançará candidato em 2018. Quem?

 

A MÃE DA CRIANÇA

A presidente Dilma manifestou ojeriza aos depoimentos da delação premiada na Lava-Jato. “Não respeito delator”, bradou. Tudo bem, mas, quem foi mesmo que aprovou a lei da delação premiada?

 

RUI RACIONALIZA APLICAÇÃO DE RECURSOS

Sem contar com a enxurrada de emendas parlamentares que inundou a horta de Cícero, o prefeito Rui Palmeira vai trabalhando com extrema racionalidade, na aplicação dos recursos municipais, para atender aos pleitos da população. O que não pode – e é o que muitos cobram – é atender a todos de uma só vez. Impossível.

 

AJUSTE ALAGOANO

O contingenciamento de quase R$ 400 milhões no orçamento deste ano equivale a um ajuste fiscal jamais adotado em Alagoas. Em resumo: a Sefaz não vai arrecadar a receita prevista na LOA.

 

AJUSTE ALAGOANO 2

Apesar do aperto – e por expressa determinação do governador Renan Filho – o ajuste já em curso não atingirá os recursos das áreas prioritárias: saúde, educação e segurança pública.

 

BRABO FECHA COM PROJETO DE FERNANDO FALCÃO

Unido, mais uma vez, ao grupo de Omar Coelho, o mestre Marcelo Brabo Magalhães inseriu em sua página na Internet um manifesto em defesa da candidatura de Fernando Falcão para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Alagoas. Poderia ser o próprio Marcelo, que tem bagagem e teria apoio para tanto, mas ele prefere trabalhar pela unidade do bloco oposicionista.

 

CARGOS READAPTADOS

A recriação de cargos, adaptados à nova realidade administrativa da Assembleia, não pode ser rotulada de ‘trem da alegria’ – afirma o presidente Luiz Dantas, lembrando: “Os cargos já existiam”.

 

 

CRISE DEBELADA

Aliás, por decisão de Luiz Dantas, a ALE está livre de uma crise recorrente nos fins de ano: falta de dinheiro para pagar o 13º salário. Cada servidor já está recebendo no mês do aniversário.

 

DILMA ESTÁ NAS MÃOS DO CONGRESSO

O Congresso Nacional não destitui Dilma se não quiser. Ingrediente político é o que não falta. Sem crise, sem golpismo, sem nada de excepcional. Para tanto, é só aplicar, contra a presidente desidiosa, os mesmos critérios que o PT do chefe Lula defendeu para abrir o processo de impeachment que resultou na deposição de Fernando Collor nos idos de 1992.

 

BECO SEM SAÍDA

A sinuca de bico da economia brasileira: se o governo reduzir os juros e escancarar o crédito, o consumo cresce e gera inflação. Se não fizer isso, contém os preços, mas perde em arrecadação.

 

AINDA VAI PIORAR

Lula é um otimista lotérico, acredita que tudo vai dar certo apenas por acreditar. Pois bem. Até Lula está achando que a crise econômica ainda vai piorar. Afinal, para onde caminhamos?

 

MISÉRIA VOLTA A AUMENTAR NO BRASIL

E enquanto Lula, de olho em 2018, insiste em mandar Dilma sair da toca e percorrer o país (aguentando vaias e apupos), o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revela que um milhão de brasileiros voltaram à miséria em 2013. Principal causa: falta de reajuste nos óbolos do populista Bolsa Família.

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Servidoires iguais, salários desiguais

13/07/2015 07:01

A aprovação, ao mesmo tempo, de projetos de reajuste salarial, na Assembleia Legislativa, permite constatar que os servidores do Poder Executivo conquistam um índice menor de reposição inflacionária, o que acaba por se refletir na desigualdade existente entre os vencimentos dos poderes do Estado.

Quer dizer, do Estado, mas também da União. Os deputados aprovaram reajustes de 7,5% para o pessoal do Poder Judiciário e 10% para os funcionários do Ministério Público, enquanto o governo mantém sua oferta de 5% para os servidores do Executivo. O Legislativo deveria ter ganhado 15% em janeiro (parte de um reajuste negociado em 2012), mas, por questões diversas, a correção ainda não foi implantada.

Por que essa diferença? Não é invenção de Alagoas. No âmbito federal, os servidores do Judiciário e do Legislativo ganham mais do que os do Executivo. A explicação estaria no fato de que o governo federal, em face de sua genética político-partidária, gasta demais com cargos de confiança, preenchidos, como se sabe, por pessoas que não se submetem a concurso público.

Aqui em Alagoas, é justo salientar, essa componente política não prevalece no atual governo, já que Renan Filho, devido à crise financeira conjuntural, resolveu deixar cerca de dois mil cargos comissionados sem ocupantes. Cargos, como se sabe, que em outros governos eram inclusive destinados a correligionários de deputados estaduais e federais – aliados do governador.

O governo, além do mais, funciona com setores e dois deles – polícia militar e magistério – pesam de forma diferenciada no orçamento, dado seu quantitativo de pessoal. Nada disso, claro, justifica a desigualdade salarial, mas a coisa funciona assim.

 

O HOMEM CERTO

Na avaliação de Ênio Lins, o alagoano Aldo Rebelo seria o homem talhado para, nessa hora de crise, ocupar a Casa Civil, centro nervoso das articulações políticas do governo federal.

 

PERNAS PRÓPRIAS

Por falta de um nome com dimensão para o cargo, o PMDB não deverá disputar a presidência da República, em 2018, mas  certamente não marchará mais como caudatário do PT.

 

GOVERNO SOUBE DE GREVE PELA IMPRENSA

Em nota emitida sábado (11), o governo do Estado informa que não foi oficialmente comunicado sobre a greve decretada pelos professores e servidores da rede estadual de ensino. Informado da decisão do Sinteal pela imprensa, o governo diz que se mantém aberto a negociação com servidores e pede que o bom senso prevaleça e a paralisação não seja consumada.

 

GOVERNO DEBILITADO

Governo fragilizado é isso. Em pânico, por causa dos discursos na convenção tucana, Dilma fez reunião de emergência e reuniu os partidos da base para cobrar um manifesto de solidariedade.

 

GOVERNO DEBILITADO 2

Ao final do tenso encontro, a presidente pôde constatar, desolada, que apenas 11 dos atuais 33 partidos políticos do país, assinaram uma nota condenando qualquer movimento para destituí-la.

 

 

OMAR QUER FALCÃO NA PRESIDÊNCIA DA OAB-AL

O projeto do advogado Omar Coelho é ser conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Daí sua decisão, acertada, de liderar – junto com o mestre Marcelo Brabo Magalhães e Welton Roberto – o bloco que acaba de lançar Fernando Falcão para disputar a presidência da OAB-AL, na sucessão de Thiago Bomfim. Coelho já fez excelente trabalho e é reconhecido, com justiça, como o melhor presidente da história de OAB-AL.

 

MARCHINHA ATUAL

No Palácio do Planalto, assim como no Alvorada e arredores, a música mais ouvida no momento é inspirada em frase recente da presidente Dilma: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”.

 

DUAS OPÇÕES

De uma voz experiente, em contato com uma rádio de Maceió: “O que é melhor: mandar o menor bandido para a cadeia ou deixá-lo ser assassinado, inapelavelmente, nas bocas de fumo?”.

 

COMO IMPEDIR QUE O CAIXA DOIS FUNCIONE?

Reynaldo Azevedo, colunista da Folha de S. Paulo tem razão ao afirmar que só um incauto pode crer que as empresas deixariam de doar aos políticos, se o Congresso Nacional aprovasse o financiamento público exclusivo de campanha. “Quem impediria que o caixa dois funcionasse?”, pergunta Azevedo.

 

CLASSE SOFRIDA

O Senado estendeu aos aposentados do INSS o sistema de reajuste salarial (com aumento real) atribuído ao trabalhador de salário mínimo, mas já se anuncia que Dilma vai vetar.

 

CLASSE SOFRIDA 2

Impressiona a passividade dos aposentados brasileiros. Rejeitados, desprezados, humilhados, mesmo assim, eles ainda votam com o governo do PT. Depois, ficam choramingando.

 

A IMBATÍVEL DETERMINAÇÃO DE JOÃO LYRA

O ‘clube da inveja’ sofreu tremendo baque, sexta-feira (10) ao ouvir entrevista de João Lyra ao radialista França Moura. Cheio de saúde e lucidez, JL comemorou a reviravolta do processo que envolve suas empresas e anunciou que, aos poucos, voltará a soerguer seu poderoso grupo empresarial.

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Nem prisão de Lula, nem impeachment de Dilma

06/07/2015 06:33

 

A semana passada começou com uma notícia provocando apreensão: um habeas corpus preventivo fora impetrado para impedir a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De pronto, o Instituto Lula, acusado de ter recebido dinheiro surrupiado da Petrobras, negou a autoria do remédio jurídico.

Bom, se cabe ou não um salvo-conduto para evitar a prisão de Lula, quem deve decidir é a Justiça. Mas, politicamente, para quem torce por mudanças no Brasil, não seria nada positivo.

Como não seria interessante, igualmente, o impeachment (e a cassação) da presidente Dilma. O previsível é que nenhum sucessor consertaria o estrago que o atual governo provocou na economia brasileira. Logo, fosse quem fosse, em questão de meses (talvez semanas) estaria recebendo críticas que, por questão de ordem, deveriam ser dirigidas à companheira petista.

Previsível também: como ninguém conseguiria superar a atual desordem em breve espaço de tempo, logo soaria, de bolsões específicos da população alienada, o coro do ‘volta Lula’. Pois, o que diriam os assistidos do Bolsa Família ao constatar que, nem Dilma nem seu sucessor, resolveriam a crise? “Só Lula para pôr ordem na casa e restabelecer o crescimento econômico”.

São dois pontos conexos. O impeachment serviria para mostrar que a incapacidade ou a incompetência não seriam atributos exclusivos de Dilma, já que seu sucessor, sem vara de condão, não teria como reavivar, em questão de meses, um paciente gravemente enfermo. Isso porque não existe tacada capaz de desmanchar a sinuca de bico que Dilma e seu time desorientado conseguiram armar em quatro anos de desgoverno.

Já uma eventual prisão de Lula poderia ser a medida exatíssima para martirizá-lo, transformando-o numa vítima digna não apenas da comiseração popular, mas também de uma mobilização ruidosa em defesa do homem que lançou o Fome Zero e conseguiu tirar dinheiro produzido com o suor da classe média para distribuir com os milhões de brasileiros que o seu governo – e menos ainda o da companheira Dilma – conseguiu empregar.

Não, é importante manter Lula solto, defendendo Dilma, ensinando Dilma a fazer o que o seu próprio governo não fez. Deixa Lula solto defendendo uma nova utopia para o PT. E deixa Dilma no poder, sangrando, desintegrando, até 2018... Os dois, juntos, se fitando, grogues, enfrentando a ira incontida da nação.

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