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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

“CPI é um teatro para recolocar o Centrão de Lira dentro dos cofres da Petrobras”, diz Josias de Souza

21/06/2022 12:40

Colunista consagrado do UOL, Josias de Souza diz, em artigo postado neste início de semana, o que na sua avaliação pretende o deputado Artur Lira com sua ofensiva contra a Petrobras;

O jornalista ressalta que o ‘comando do cardume de piranhas que trituram José Mauro (ex-presidente da estatal), Arthur Lira esclareceu qual é, de toda a boiada, o boi que o Centrão deseja fazer passar: uma medida provisória modificando a Lei das Estatais. Na expressão de Lira, essa lei transformou estatais como a Petrobras em "seres autônomos e com vida própria, dissociados do governo do momento”.

“Deseja-se modificar a lei salienta Josias - para dar "uma maior sinergia" entre as estatais e a política. Sinergia, no caso, é um outro nome para assalto. A Lei das Estatais foi aprovada nas pegadas da Lava Jato justamente para deter a perversão que produziu na Petrobras o maior esquema de corrupção da história”. Segundo o colunista, “esse enredo, o PP, partido de Lira, é beneficiário do roubo e responsável pela indicação do principal delator do petrolão, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa”. Josias de Souza diz ainda que a “chance de avançar no Congresso uma CPI chapa branca às vésperas do recesso parlamentar e a três meses e meio de uma eleição presidencial é muito próxima de zero. Mas é grande o risco de o Planalto editar uma medida provisória que subverta a Lei das Estatais para recolocar a boiada do Centrão dentro dos cofres da Petrobras”.

 

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Alianças de partidos a nível nacional atrapalham acordos de candidatos ao governo alagoano

20/06/2022 17:34

Trata-se da clássica fidelidade partidária: político filiado a uma legenda deve, também por força de lei – e não apenas por natural princípio de lealdade – seguir os passos da agremiação, aceitar suas diretrizes e, claro, preservar seus interesses, suas alianças e composições. Fora da política, o nome disso é ‘coerência’.

Pois bem. Em virtude e em razão desse enunciado, três dos candidatos ao governo em Alagoas terão dificuldade de conciliar suas posições na política local com os rumos de seus partidos e dirigentes no cenário nacional, isto é, na corrida presidencial.

Rodrigo Cunha – Ao largar o PSDB (que ficaria reservado a Jó Pereira) e filiar-se ao União Brasil, o senador de Arapiraca – um bolsonarista não-assumido – não imaginava que, lá adiante, seu líder nacional Luciano Bivar, presidente do UB se lançaria candidato à presidência da República.

João Henrique Caldas – O prefeito JHC assumiu o comando estadual do PSB, após disputa renhida com Kátia Born, e apostava em qualquer coisa, menos no ingresso de Geraldo Alckmin na legenda. Mas foi o que aconteceu. E aconteceu que o ex-governador de São Paulo, após longo namoro, virou vice de Lula, sob aliança formal do PSB com o PT. Tal composição fragiliza o apoio de JHC a Rodrigo Cunha, já que o remete para os braços do socialista Alckmin e de seu companheiro petista.

Fernando Collor – Poderia se proclamar um neo ‘bolsonarista convicto’, não fosse duas circunstâncias adversas a considerar: não haverá reciprocidade pelo simples fato de que o presidente da República prioriza seus laços com Artur Lira, o presidente da Câmara (em cujo gabinete dormem 140 pedidos de impeachment) que se firmou como aliado circunstancial de... Rodrigo Cunha. Além disso,  Roberto Jefferson, o líder nacional do PTB (partido de Collor) tornou-se crítico cáustico de Bolsonaro.

Paulo Dantas – O MDB, seu partido, aliou-se ao PSDB, que decidiu apoiar a candidatura da emedebista Simone Tebet. Problema é que, sem votos nas pesquisas, a senadora é também fortíssima candidata a desistir, o que poderá deixar Dantas à  vontade para apoiar livremente o petista Luiz Inácio.

Jó Pereira – Ao trocar o MDB pelo PSDB, a deputada não só viu desmoronar seu projeto de ser vice de Rodrigo Cunha, do União Brasil, como se vê na contingência de ter que apoiar Simone Tebet, agora a candidata apoiada pela legenda dos tucanos.

Na prática, os políticos tendem a minimizar os ‘desvios partidários’, mas sabem que serão observados pelo olhar crítico do eleitorado e pela mídia com seu periscópio de longo alcance.

 

 

CÂMARA – TRIPULANTE HONORÁRIO SINGRANDO OS MARES DA INFORMAÇÃO

Marinheiro de muitas batalhas midiáticas – e, agora, ‘Tripulante Honorário’, título recebido da Capitania dos Portos de Alagoas durante a recente comemoração à Batalha do Riachuelo – nosso Ouvidor Geral Geraldo Câmara pontifica também com seu imperdível Bartpapo, programa de entrevistas apresentado na Band (toda manhã de sábado) e que virou título de coluna publicada no diário alagoano ‘Tribuna Independente’.

 

A PROPAGANDA ESTÁ EM CADA OBRA CONCLUÍDA

Depois deperder a batalha contra a posse de Paulo Dantas como governador, o grupo de Artur Lira e Rodrigo Cunha tenta agora impedir a divulgação dos atos inaugurais de obras no Estado, sob o argumento de que Dantas e o ex-governador Renan Filho estão fazendo propaganda eleitoral. Isso não existe. A propaganda existe em cada obra, em cada programa, em cada projeto viabilizado. É um cenário real, não tem como ser ‘impedido’.

 

RENAN SEMPRE FOI CONTRA PROJETO DE TEBET...

Renan Calheiros não influiu na aliança selada entre PSDB e MDB, em Brasília. Foi o comando nacional do tucanato que decidiu abandonar a composição com o União Brasil (de Rodrigo Cunha) para se unir ao MDB e apoiar a candidatura da senadora Simone Tebet. A prova disso? Desde a pré-história Renan tem sido um crítico contumaz do projeto presidencial de Simone.

 

JÓ CONFIOU EM LIRA SEM AVALIAR OS RISCOS

Agora, a deputada Jó Pereira cometeu um erro típico de quem não conhece a fundo meandros, armadilhas e imprevistos da política partidária. Não poderia, sem correr risco, largar o MDB e filiar-se ao PSDB sem avaliar como esses partidos se comportariam no tabuleiro da sucessão presidencial. Deveria saber que acordos fechados em Brasília prevaleceriam sobre os acertos regionais. E nunca o contrário.

 

O FOCO NÃO É O CONSUMIDOR, E SIM AS ELEIÇÕES

A briga pela redução do ICMS não visa, ao contrário do que se busca passar, baixar o preço dos combustíveis para aliviar o bolso do consumidor. A motivação é clara: eleições à vista. Se o real intento é o que se está apregoando, por que governo e Congresso não se mobilizaram com esse fim lá atrás, em vez de assumirem a empreitada patriótica em plena largada do processo eleitoral?

 

BOLSONARO – ENTRE LIRA E FERNANDO COLLOR

Bolsonaro não fará questão se Collor se apresentar como seu candidato (ao governo alagoano), mas dificilmente ele próprio – o presidente – manifestará expressamente seu apoio ao senador do PTB. Motivo é simples: JB não vai querer detonar sua parceria com o presidente da Câmara, Artur Lira, que não está com Collor, mas com o também senador Rodrigo Cunha, do União Brasil.

 

DESCONFIANÇA REALIMENTA A INFLAÇÃO

Quem viveu a hiperinflação da década de 1980 sabe que o descontrole de preços não se resolve com um simples ‘freio de

arrumação’. O remédio clássico é a alta dos juros – que o Banco Central está aplicando – mas os efeitos são lentos. O que se observa hoje é uma total desconfiança dos agentes financeiros, aí incluindo-se produtores rurais, empresários e comerciantes. Resta saber até quando o real resistirá à desordem econômica.

 

RABO DE FOGUETE

Cunha vai assumir Bolsonaro ou repetirá 2018, quando fez campanha ao Senado como bolsonarista disfarçado?

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Collor disputará o governo na eleição que decidirá sua carreira

13/06/2022 14:24

(Material publicado na coluna Enfoque Político, do Novo Primeira Edição Impresso, em 13 de Junho de 2022)

 

Não de agora, Fernando Collor avalia com muita atenção os números das pesquisas de intenção de voto, em especial para governador e senador, para se situar dentro do processo eleitoral, talvez o mais importante de sua carreira, apesar de já ter sido prefeito de Maceió, deputado federal, governador,  presidente da República e senador, sua condição atual.

Será, sim, uma eleição dramática, não importa o mandato. Em todas as anteriores (menos o cargo de de prefeito, que se deu por nomeação durante o regime militar), Collor se houve bem pelo apoio que tinha de Divaldo Suruagy e Guilherme Palmeira (chegou ao governo alagoano e à Câmara Federal)e por fatores circunstanciais. Elegeu-se presidente como Bolsonaro, com o eleitor cansado de medalhões, querendo mudar. E chegou ao Senado porque em 2006, a Justiça Eleitoral, na prática, ‘impediu’ Ronaldo Lessa, um nome imbatível naquele momento.

Atualmente, Collor responde a processos no Supremo Tribunal.

Na eleição deste ano, o ex-presidente definirá o rumo de sua vida e da própria carreira política. Se conseguir manter o mandato federal (senador ou deputado) seguirá com imunidade, seus processos continuarão no STF, não descerão para a Justiça alagoana. Se optar pelo governo (e se eleger) passará a responder perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A questão crucial, para Collor, é definir o mandato que deve disputar. A reeleição, ele sabe disso, seria um desafio quixotesco, um risco enorme, dada a liderança do ex-governador Renan Filho. As pesquisas o apontam com 17% ou 18% de voto popular para governador. Se entrar e for para o 2º turno, vai depender de para onde irá o apoio do 3º e 4º colocados, considerando uma disputa com Paulo Dantas, Rui Palmeira, Rodrigo Cunha e o próprio Collor. Portanto, um cenário complexo, impreciso, o que explica a demora que está levando para se definir. O senador não tem grupo político, não tem bloco de apoio e juntou-se a Bolsonaro (mal avaliado aqui) como aliado de undécima hora. Por isso e por não ter uma legenda forte, dificilmente conseguirá votos para se eleger deputado federal. Então, como sair dessa sinuca de bico?

 

O ESTADO FAZENDO O PAPEL DA UNIÃO

Batalha, principal polo produtor da Bacia Leiteira do Estado, é um dois três municípios alagoanos que estão sendo contemplados com sedes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) construídas com recursos próprio do Estado. Ou seja, é Alagoas investindo em obras educativas que deveriam ser bancadas pelo governo federal.

 

LOIOLA DESAFIA CUNHA PARA DEBATE HISTÓRICO

Com respeitável formação intelectual, competência administrativa e amplo conhecimento dos problemas alagoanos, o deputado Inácio Loiola desafiou o senador Rodrigo Cunha a enfrentá-lo em um debate aberto sobre o papel de cada um na política alagoana. Claro que, por motivos mais do que óbvios, o político de Arapiraca não vai topar. Mas seria interessante assistir a um repto de Cunha – eterno novel – com Loiola – a voz da experiência.

 

COISAS DA POLÍTICA – DIRETO DA TRIBUNA

Em suas intervenções na tribuna da Assembleia, Jó Pereira deve atentar mais para a coerência. Por exemplo: quando exalta as ‘emendas’ de Rodrigo Cunha, seu candidato ao governo, não faz política. Quando, porém, Inácio Loiola ataca a inação e a inexpressividade de Cunha como senador, aí Jó Pereira enxerga o colega de Piranhas explorando o ‘momento eleitoral’.

 

TERCEIRIZAÇÃO PRA VALER ESTÁ A CAMINHO...

E por falar de incoerência, ao criticar a terceirização de agentes penitenciários, o deputado policial Bebeto deve atacar, também, o governo de seu líder maior (Jair Bolsonaro), cuja proposta de reforma administrativa representa um golpe mortal no serviço público e abre caminho para todo tipo de terceirização, isto é, contratações sem concurso com alto grau de politização.

 

COLLOR TERÁ EM CUNHA MAIS UM ADVERSÁRIO

Se não desistir de concorrer ao governo, Collor entrará na campanha arranjando um ‘adversário gratuito’ que poderá ser o fiel para eventualmente derrotá-lo no 2º turno: Rodrigo Cunha. Principal concorrente de Paulo Dantas, Cunha sonhava com o apoio colorido para ajudá-lo a vencer o governador. Só que, para atingir seu objetivo, Collor vai querer derrotar o próprio Cunha.

 

UMA ESTRATÉGIA QUE NÃO FUNCIONA

A estratégia de Bolsonaro, de tirar votos de Lula atacando ministros do Supremo e do TSE, não funciona. As pesquisas, uma a uma, vão mostrando que o eleitor contrário a Bolsonaro não se sente à vontade para mudar de posição ouvindo o presidente baixar o malho no Judiciário e na Justiça Eleitoral. E isso está deixando o ex-capitão muito, muito incomodado.

 

COM DEFINIÇÃO, SIMONE CAI NAS PESQUISAS

Mais uma evidência numérica de que o projeto presidencial de Simone Tebet está fadado a um retumbante fracasso: na mais nova pesquisa nacional da Genial/Quaest sobre a sucessão de Bolsonaro, a senadora do MDB aparece com mísero 1% das intenções de voto. Isto, numa sondagem feita já depois que Tebet teve o nome definido como pré-candidata.

 

RABO DE FOGUETE

Em vez de seguir brigando com governadores, Bolsonaro não seria mais efetivo mudando a política de preço da Petrobras?

 

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O senador Renan e a aventura que o MDB nacional ameaça empreender

06/06/2022 11:59

Reproduzido da coluna Enfoque Político, do Novo Primeira Edição Impresso (06/06/2022)

 

Os críticos avaliam que o senador Renan Calheiros rejeita a candidatura de Simone Tebet apenas para viabilizar mais à vontade sua aliança com Lula. Avaliação sem base. O que Renan não quer – e já disse isso reiteradamente – é ver o MDB alimentando um projeto insustentável, no plano nacional, em flagrante detrimento de composições regionais.

De fato, a candidatura de Simone Tebet não tem futuro, nenhuma perspectiva de crescimento, por várias razões: é um nome sem densidade, desconhecido do grande eleitorado, sem liderança, sem capacidade de atrair adesões e sem projeto de governo.

Os líderes partidários que ambicionam viabilizar uma candidatura de centro ou mesmo de centro-esquerda vivem o sonho da conquista do poder sem levar em conta o fato inquestionável do momento político nacional: a divisão do eleitorado entre quem apoia a permanência do presidente Bolsonaro e quem quer mudar.

Dessa forma, presidentes de grandes legendas como Luciano Bivar (União Brasil) e Baleia Rossi (MDB) esquecem que essa – tal como a sucessão de 2018 – é uma eleição em que os partidos contam muito pouco e a maioria dos eleitores – as pesquisas atestam isso – só consegue enxergar dois nomes na disputa presidencial: Lula e Bolsonaro. Sérgio Moro, que seria o ‘fato novo’, não passou de 15% das intenções de voto. E Ciro Gomes, com toda sua insistência e um discurso virulento contra tudo e todos, não consegue atingir 10% do apoio popular.

O senador Renan tem sido realista ao defender a composição com o PT de Lula, e o faz precisamente por ver com clareza o que outros precisam de luneta para enxergar: uma polarização inevitável entre Lula, representando o antibolsonarismo, do mesmo modo que, em 2018, Bolsonaro representou o antipetismo.

Renan entende que, se tentar o ‘impossível’ – como fez em 2018 com o projeto quixotesco de Henrique Meirelles - o MDB acabará humilhado na corrida presidencial (com Simione Tebet ou qualquer outro nome) e, além disso, terá sérios prejuízos nas urnas estaduais. Como diz o senador, sairá menor de uma eleição que não oferece nenhuma chance para aventuras de terceira via.

 

O BANHO DE RENAN FILHO RUMO AO SENADO

A pesquisa DataSensus divulgada na semana passada apurou que, para o Senado, Renan Filho tem mais de 100% das intenções de voto conferidas a Fernando Collor: 39% contra 18%. Collor só pode comemorar sua vantagem sobre os demais concorrentes: Davi Filho, o terceiro colocado, tem apenas 8%, seguido por Antônio Albuquerque (4%) e Mário Agra (1%).

 

OBRAS GARANTEM VISIBILIDADE NATURAL A RF

A presença de um aliado no governo pesa e muito a favor de Renan Filho que, mesmo sem o cargo, mantém sua visibilidade nos atos presididos por Paulo Dantas, e por uma razão óbvia: as obras que estão sendo inauguradas em todos os municípios, todas elas, exibem o nome do governador que as planejou e construiu. E Dantas assumiu o comando do Executivo estadual prometendo atuar justamente como continuador do projeto de Renan Filho.

 

DINHEIRO FÁCIL PARA OS SERTANEJOS

A contratação do cantor Gustavo Lima pela prefeitura de pequeno município mineiro, para um show junino, ao custo de R$ 1,2 milhão, trazida a público pela Folha de S. Paulo, explica como os cantores ditos sertanejos estão ganhando fábulas e se tornando milionários. E o dado apavorante nessa história é que dinheiro do ‘orçamento secreto’ está sendo usado para abastecer esses ralos.

 

QUEM FOI MESMO QUE CONSTRUIU O HGE?

Após visita ao Hospital Geral do Estado, aonde foram em busca de material para encorpar o que sempre fazem – oposição ao governo do Estado – os deputados Davi Maia e policial Bebeto informaram que a unidade hospitalar não possui projeto de segurança aprovado pelo Corpo de Bombeiros. Ótima descoberta. Agora, é indagar: quem foi mesmo que construiu o HGE?

 

UM OLHAR PRIORITÁRIO PARA A BURAQUEIRA

O prefeito JHC precisa priorizar a operação tapa-buraco, que perdeu força em 2022. Com o outono chuvoso chegando ao fim e prenunciando um inverno rigoroso, a buraqueira nas ruas pode voltar ao estágio crítico em que ficou no final da gestão de Rui Palmeira. Ou seja, os próximos quatro meses serão de muito impropério de motoristas irritados com a buraqueira nas ruas.

 

IBGE REVELA QUEDA DO DESEMPREGO EM 2022

Bolsonaro tem um dado importante a comemorar: a queda consistente do desemprego, anunciada pelo IBGE. Claro que a reabertura da economia turbinou a criação de novos empregos – empregos formais, com carteira assinada, bem entendido – mas o fato também é que a retomada econômica está apenas começando.

 

RABO DE FOGUETE

 

Por que será que o jornalismo policial trata como ‘suspeito’ bandido preso em flagrante e mesmo confessando crimes?

 

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Mídia terá papel determinante no confronto entre Paulo Dantas e Rodrigo Cunha

30/05/2022 22:34

Não se pode desprezar o fator Rui Palmeira, no cenário da sucessão estadual deste ano, mas é forçoso admitir que, no atual estágio da corrida sucessória,  as atenções e espaços da mídia estarão muito mais concentrados no confronto envolvendo as forças governistas – que lutam para dar prosseguimento ao vitorioso projeto de governo legado por Renan Filho – e o grupo de oposição liderado por Artur Lira – que tem como meta exatamente impedir que a mudança em Alagoas tenha curso.

Com a sucessão de Renan Filho – pré-candidato ao Senado – a condição de governador confere ao ex-deputado Paulo Dantas o ímã natural de quem está no exercício do poder, mas sua força, sua capacidade de atrair adeptos e ampliar capital político vai se dimensionar precisamente com o apoio do senador Renan Calheiros, do ex-governador Renan Filho e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Victor, que lidera um batalhão de deputados trabalhando pela reeleição.

Do outro lado, aparece Rodrigo Cunha tentando ir além de seus limites. Cria de Teotonio Vilela Filho, Cunha se elegeu fácil deputado estadual e chegou ao Senado, em 2018, derrotando o então senador Benedito de Lira, pai de Artur Lira. Hoje, de olho no governo, tem como principal aliado exatamente Artur Lira. O presidente da Câmara, se por um lado tem o poder de manipular o espicaçado ‘orçamento secreto’, por outro vai contaminar o senador Cunha com seu histórico e denúncias e processos. Resta saber o que caberá ao político representante de Arapiraca como fruto da relação ‘custo-benefício’...

O certo, previsível, é que no terreno da campanha, mas, sobretudo, nos espaços da mídia, o embate entre governo e oposição colocará diante do eleitorado alagoano um projeto de governo conhecido, em execução há sete anos e meio, em duelo frontal com uma facção política que entrou no jogo muito mais por sobrevivência política e buscando a luta pelo poder.

 

RONALDO LESSA – PRONTO PARA A BATALHA

Político com história e disposição de luta pra ninguém botar defeito, Ronaldo Lessa (hoje vice-prefeito de Maceió) é peça viva no atual processo eleitoral. Justo por isso, a militância do PDT (que ele preside em Alagoas) pressiona o ex-governador a disputar as eleições de outubro. A maioria dos correligionários avalia que ele tem cacife para concorrer ao Senado (exatamente o mandato que ainda não exerceu).

 

MISS BIANCA DEPUTADA COM APOIO DE RENAN

Confirmadíssima. Sucesso no universo das beldades trans (foi miss com destaque nacional), a modelo e influencer Bianca Nunes disputará um mandato de deputada estadual em outubro. Filiada ao MDB com aval do senador Renan Calheiros – um descobridor de talentos – Bianca tem projetos para educação e um discurso vigoroso em defesa da diversidade de gêneros. Observadores políticos avaliam que a guerreira de Joaquim Gomes acabará entre os mais votados para a Assembleia Legislativa.

 

CLARO QUE A OPOSIÇÃO TINHA RAZÃO...

A oposição tinha razão. A visibilidade de Paulo Dantas no cargo de governador impressiona. Visibilidade – anote-se com ganhos políticos. Pois o governador – herdeiro de um acervo imenso de obras acabadas e não inauguradas por Renan Filho – tem tido e vai continuar a ter a grata satisfação de ir entregando, uma a uma, às populações contempladas. Artur Lira e Rodrigo Cunha tinham a noção exata do que veriam com Dantas no poder.

 

EM BUSCA DE UM MOMENTO DE FAMA

Candidata de si própria, Simone Tebet não passa de uma deslumbrada em busca de um instante de fama. Num cenário presidencial em que, até agora, somente Sérgio Moro conseguiu mais de 10% de intenção de voto (e mesmo assim desistiu), a senadora do MDB só pode estar querendo ‘brincar de aparecer’. Enquanto  alguns medalhões partidários fingem que acreditam...

 

O ESTRAGO DE LULA NO RIO DE JANEIRO

A nova pesquisa Ipec sobre a sucessão presidencial, no Rio de Janeiro, revela disparada de Lula com 46% das intenções de voto dos cariocas contra apenas 31% de Bolsonaro. Óbvio que, com esse resultado, os marqueteiros do PT vão explorar o fato de o presidente da República está atrás em seu próprio berço político: ‘Quem conhece Bolsonaro, não vota em Bolsonaro’.

 

 

E O MANSO AUGUSTO ARAS PERDE O REBOLADO

De repente, numa reunião do Conselho Superior da PGR, o procurador-geral Augusto Aras perdeu o jeitão de paquiderme sonolento e partiu, vociferante, para cima do colega Níveo de Freitas, numa cena profundamente lastimável. Aras deve ter lido a confissão do antecessor Rodrigo Janot, que confessou ter se dirigido ao STF, armado com revólver, para matar Gil Mendes.

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Primeira Edição © 2011