OAB vai pedir saída da FN se denúncia de assassinato for comprovada

Vanderson Azarias, de 14 anos, fugiu e foi atingido com um tiro na nuca supostamente disparado por um dos militares.

15/04/2013 07:37

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Primeira Edição

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O número de denúncias registradas pela Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) sobre casos de truculências cometidas por militares deve aumentar para 18 nesta semana. Isso porque, familiares de José Vanderson dos Santos Azarias, de 14 anos, assassinado no último dia 7, vão à entidade atribuir a morte do garoto aos agentes da Força Nacional. O caso aconteceu no município de Atalaia, e, no momento do crime, outros dois amigos de Vanderson Azarias, que estavam no local foram espancados. 

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O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL, Daniel Nunes, disse que vai receber o Termo de Declarações dos familiares do jovem morto e também dos outros garotos que estavam no local do crime e foram apenas espancados e encaminhar para os órgãos competentes para ser apurada a denúncia. Caso seja comprovado, que os militares da Força Nacional tenham cometido o crime, Daniel Nunes disse que vai solicitar a saída dos agentes do Estado.

De acordo com notícias divulgadas por outros meios de comunicação, baseadas em supostos relatos dos familiares do garoto, Vanderson Azarias estava com dois amigos sentados na parta de casa quando uma viatura da Força Nacional passou em frente aos jovens fazendo uma ronda ostensiva. Na ocasião, um dos três jovens, havia dito uma brincadeira que teria sido interpretada como uma ofensa pelos militares da Força Nacional. Supostamente chateados, os agentes partiram para espancar os garotos, sendo que um deles, teria problema mental.

Na tentativa de fugir e se livrar da sessão de espancamento, Vanderson Azarias fugiu e foi atingido com um tiro na nuca supostamente disparado por um dos militares.

“Caso os agentes da Força Nacional que estão sendo acusados sejam os responsáveis pela morte do garoto, eu vou pedir a saída desses militares. Isso é inadmissível. Estou estarrecido como cidadão e como presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB de Alagoas”, disse.


 

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