Mais uma casa apresenta variação de temperatura no solo

Equipe coleta amostras do solo e da água em mais uma residência com 78ºC registrados

27/07/2012 05:54

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Redação com IMA

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Ontem (26), técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) vistoriaram mais uma casa com temperatura elevada no bairro da Ponta Grossa. De acordo com o diretor técnico do Instituto, Ricardo César, os motivos do aumento de temperatura podem ser os mesmos da primeiro ocorrência, na Rua Marquês Pombal, mas só poderá ter certeza com o resultados das coletas de solo e água feitas nesta quinta-feira.

Esse caso é o segundo já registrado e analisado pelo órgão ambiental que na semana passada divulgou o resultado das coletas realizadas na primeira casa a registrar temperaturas elevadas no solo. De acordo com o órgão ambiental, o superaquecimento na residência da Rua Marquês Pombal era ocasionado por bactérias termotolerantes provenientes do mangue que existia no local antes das edificações e que sobreviveram na rede de esgoto, embaixo da casa.

Veja Matéria Anterior:

> Aquecimento em casa é causado por bactéria termotolerante proveniente de manguezal

IMA

Nesta quinta-feira, a nova ocorrência, distante cerca de 1 km da primeira, apresentou temperaturas ainda mais elevadas. De acordo com o IMA, a temperatura inicial do solo, ainda com o piso, apontava 52°C. Com a abertura do buraco, durante a primeira parte da escavação, subiu a 62°. Na parte mais profunda chegou a marcar pouco mais de 78°C. A água coletada estava a 64°C e pessoas que estavam no local resolveram colocar um ovo dentro do buraco aberto: após dez minutos ele estava pré-cozido.

Um técnico da Braskem foi até o local para verificar a presença de gases tóxicos, já descartado nos primeiros testes. 

“É possível que o caso seja parecido com o da casa da Rua Marquês de Pombal, decomposição de matéria orgânica e presença de gás sulfídrico, por conta das características semelhantes do solo. Mas, só poderemos ter certeza após os resultados das análises, explicou Ricardo César, diretor-técnico do IMA.

As amostras coletadas passarão por análises físico-químicas e microbiológicas. Parte da água foi enviada para o laboratório de microbiologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para análise de coliformes, amostras do solo seguiram para um laboratório particular e a análise físico-química da água será feita no laboratório do IMA. Os resultados devem ser divulgados em uma semana. 

IMA

Técnicos do IMA vão realizar visitas a outras casas na localidade para verificar se há ocorrências do mesmo tipo. De acordo com a proprietária da segunda casa, há 52 anos que reside no local, o fenômeno nunca havia sido notado.

Amostras da água da casa Marquês de Pombal

Na quinta (19) e na segunda-feira (23) passadas foram feitas novas coletas para verificar se a contaminação havia se estendido à cisterna da casa e à água consumida pelos moradores. A análise divulgada ontem mostra que não há contaminação e a água está própria para consumo. “Nós decidimos coletar e analisar mais essa amostra por causa da quantidade gás sulfídrico encontrado na cisterna, mas não há contaminação da água”, disse Ricardo César.

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