Local onde residência foi construída era mangue que foi aterrado. Bactéria que vivia no local sobreviveu na rede de esgoto da casa
Redação com IMA
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O Instituto do Meio Ambiente (IMA) divulgou hoje o resultado das coletas de água e solo feita na casa que ‘superaquece’ no bairro da Ponta Grossa. Segundo os resultados obtidos, o superaquecimento é ocasionado por bactérias termotolerantes provenientes do mangue que existia no local antes das edificações e que sobrevivem na rede de esgoto, embaixo da casa na Rua Marquês de Pombal.
"A causa da alteração da temperatura é a decomposição de matéria orgânica e geração de gases associada às características do solo da região e conseqüente reações químicas", concluiu a análise do IMA.
De acordo com o diretor-presidente do IMA, Adriano Augusto, esse tipo de bactéria detectada na casa, juntamente com a matéria orgânica do esgoto, geram temperatura. Ainda segundo Adriano, a solução é realizar um novo esgotamento de fossa, onde deve ser instalado um dreno para a condensação.
De acordo com a nota divulgada pelo IMA, "a matéria orgânica que está em decomposição indica a contaminação da água e do solo, devido a altíssima quantidade de coliformes termotolerantes encontrados; alta concentração de gás sulfídrico (H₂S) – em quantidade 400 vezes maior do que o normal; a chamada Demanda Biológica de Oxigênio – quando há perda de oxigênio por ação microbiológica – 9,4 vezes superior ao normal; além da quantidade de nitrogênio amoniacal, entre outras substâncias".
O diretor de laboratório do IMA, Carlos Soares, disse ainda que os especialistas recomendam que seja feita uma vistoria sobre as condições do esgotamento das moradias da região e que, além disso haja uma obra de engenharia com a colocação de drenos para a saída do gás sulfídrico e a drenagem da fossa existente na casa, “para que sejam feitos os devidos reparos”.
Primeira Edição © 2011