Após escândalo, Toninho teme prejuízo em campanha eleitoral

Defesa de Toninho prepara Habeas Corpus para enviar ao STJ até amanhã

23/05/2012 06:17

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Marigleide Moura

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O escândalo sobre um esquema de fraude de venda de terras em Rio Largo que culminou com a prisão de 14 vereadores e do prefeito, já preocupa Toninho Lins quanto a sua campanha de reeleição. Na manhã desta quarta-feira (23), José Fragoso, advogado de defesa do prefeito, disse ao Primeira Edição que Toninho teme ser prejudicado, no entanto, assevera que “a divulgação de toda essa história pode até prejudicá-lo, mas não vai impedir que ele seja candidato”, revelou.

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Antes de se apresentar à justiça e ficar detido, Toninho divulgou nota se defendendo das acusações. Ele chama o caso de “uma avalanche de boatos e falsas informações” e fala “em interesses políticos, já tão ativos nesse ano eleitoral”.

Enquanto isso, Rio Largo vive um clima atípico, a Câmara de Vereadores funciona apenas com serviços administrativos e o prefeito vai ficar despachando de dentro da Academia de Polícia Militar, onde está preso desde ontem.

Habeas Corpus

Fragoso informou que está preparando o Habeas Corpus e espera concluí-lo até amanhã, quando será enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Estamos trabalhando e nossa intenção é que até quinta-feira o Habeas Corpus seja enviado ao STJ”, falou. Ainda segundo Fragoso, ele vai alegar ao STJ ilegalidade na prisão do prefeito Toninho Lins e falta de provas para a acusação.
Sobre o suposto esquema de fraude, José Fragoso disse que “a venda ocorreu dentro da legalidade. O terreno foi vendido pelo mesmo preço da desapropriação e não há nada de errado nisso”, afirmou o advogado.

Embora a defesa alegue não existir nada de errado no processo de venda do terreno, o desembargador Otávio Leão Praxedes, integrante da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), que decretou a prisão preventiva do prefeito, diz que a prova da materialidade delitiva e os indícios de autoria do prefeito Toninho estão fundamentados nos documentos apresentados na ação penal proposta pelo Ministério Público Estadual .

Toninho é acusado de apropriação de bens e renda pública em proveito próprio, alienação de bem público em desacordo com a lei, falsidade ideológica, dispensa ilegal de licitação e formação de quadrilha. Os vereadores de Rio Largo foram presos na quinta-feira, dia 17.

 


 

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