Atualizada às 22h49

O Ministério Público do Estado (MPE) através do Grupo de Combate a Organizações Criminosas (Gecoc), cumpriu, na noite desta quinta-feira (17), mandados de prisão expedidos pela 17ª Vara Criminal, contra 14 pessoas, entre elas nove vereadores, envolvidos em fraudes, venda ilegal de terrenos e outros crimes. 

Os vereadores envolvidos nas fraudes teriam negociado um terreno com 252,40 hectares, por R$ 700 mil, sendo que as terras estariam avaliadas em R$ 25 milhões. O local seria destinado para a construção de residências de programas habitacionais, que beneficiariam a população de baixa renda. 

O caso foi denunciado nesta quarta-feira (16), pelo Primeira Edição. (Leia aqui)

De acordo com informações apuradas pelo Primeira Edição, sete vereadores e um empresário foram presos. Eles foram levados em um micro-ônibus para realizar exames de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) de Maceió. 

Depois, serão encaminhados ao sistema prisional. Os homens vão para a Casa de Custódia de Maceió - o Cadeião - e as mulheres para o presídio feminino Santa Luzia.

Foram presos os vereadores: Ioneide Cardoso, Reinaldo Cavalcante, Lúcio Fontes, Cícero Inácio, Aurizio Esperidião, Jefferson Alexandre e Milton da Farmácia. Quatro acusados estão  foragidos, entre eles, o presidente da Câmara, Lula leão, e o 1º secretário da Câmara, Jean de Lins. A vereadora Maria das Graças está de licença médica e, por isso, não estava na sessão. Ela deverá comparecer ao MPE. 

Na chegada ao IML, Lúcio Fontes defendeu-se das acusações. “Recebemos projeto que dizia que o terreno valia R$ 700 mil. Só votamos visando beneficiar a população”. 

As prisões ocorreram antes do início da sessão, na Câmara Municipal, que foi cercada por 48 policiais, sendo 24 do Bope e 24 da Força Nacional. 

O prefeito de Rio Largo, Toninho Lins, está em Brasília. Ainda não há informações se há mandado de prisão contra ele. 

 Com colaboração de Marcela Oliveira.