Entidades voltaram a fazer uma vigília, na manhã desta quinta-feira (01) em frente ao Tribunal de Justiça de Alagoas, localizado na Praça Deodoro, Centro de Maceió, para protestar contra o aumento na passagem de ônibus concedido pelo desembargador Washington Luiz na última sexta-feira.

Ontem, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) entrou com um mandado de segurança pedindo a anulação da liminar que autorizou o reajuste da tarifa de ônibus, que passou de R$ 2,10 para R$ 2,30.

A diretora da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Elida Miranda, disse que as entidades farão reunião para definir um calendário de mobilizações. “Só vamos parar quando o aumento for revogado. Esperamos sensibilizar o Tribunal de Justiça para que o manado de segurança seja deferido”.

Ela ressaltou que as mobilizações, além de protestar contra o reajuste, visa colocar em discussão melhorias no transporte coletivo. “Precisamos de corredores de ônibus, terminais de integração e da realização da licitação. A gente quer melhorias na mobilidade urbana”.

MPE investiga aumento

O Procurador-geral do Ministério Público Estadual, Eduardo Tavares, disse que as promotorias especializadas estão estudando meios para verificar se houve abuso da Transpal em cobrar R$ 2,30 na tarifa de ônibus.

“Vamos analisar as planilhas para então tomar algumas medidas com sensatez e não agir de forma precipitada. Os estudos estão sendo realizados”, garantiu ele.

Transpal quer aumento maior

Em entrevista coletiva, a superintendente da Transpal, Ana Lúcia Martins, defende que a tarifa ideal seria de R$ 2,49, pois, segundo alega, nos últimos 19 meses a remuneração dos rodoviários foi reajustada em 28%.

“Considerando que os custos de mão-de-obra representam aproximadamente metade do custo da tarifa, apenas este fato já justificaria um reajuste de aproximadamente 14%”, disse em nota enviada à imprensa.