EFE
compartilhar:
O número de infecções subiu para quase 3 mil novos casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas no Irã, cujo ministro da Saúde, Said Namaki, alertou nesta segunda-feira que pode haver "um pico perigoso a qualquer momento".
Segundo dados do Ministério da Saúde, entre ontem e hoje foram registradas 2.979 novas infecções - o número mais alto em dois meses - e 81 mortes por Covid-19.
O saldo total no Irã é de 154.445 infectados com o coronavírus, dos quais 7.878 morreram e 121 mil se recuperaram.
Namaki alertou que a população não está cumprindo os protocolos de saúde e que existem três províncias específicas em que a situação é grave: Sistão-Baluchistão, Hormozgan e Kermanshah.
"Se essa situação continuar, o número de mortos poderá ser novamente de três dígitos. Perderemos um número considerável de nossos entes queridos e a reputação que temos internacionalmente", lamentou.
O ministro da Saúde expressou que uma de suas "maiores preocupações é que a população normalize o coronavírus" e que até funcionários do governo pensem que a pandemia está sob controle.
"Não é assim, o coronavírus não está apenas acabado, mas podemos ter um pico perigoso a qualquer momento", enfatizou.
Said Namaki também criticou que ele esteja sob pressão dos diferentes ministérios para reabrir atividades econômicas, culturais, esportivas e religiosas, respectivamente.
As autoridades iranianas já reabriram todo o comércio e, desde ontem, as mesquitas voltaram a permitir orações diárias e todos os funcionários regressaram aos seus empregos.
Desde que as restrições começaram a ser levantadas há um mês, as infecções tiveram uma trajetória ascendente no país. EFE
Primeira Edição © 2011