Rui sem dinheiro para bancar 'domingo é meia'

Prefeito prometeu bondade durante campanha eleitoral de 2016

13/05/2017 11:23

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Associação dos Semanários de Alagoas

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O prefeito Rui Palmeira prometeu para este mês de maio o envio do projeto ‘domingo é meia’ à Câmara Municipal de Maceió. Ele acredita que em junho o projeto deve ser implantado e a Prefeitura vai subsidiar os outros 50% de quem precisar usar ônibus urbanos aos domingos.

O projeto é caro e a Prefeitura ainda não sabe de onde tirar esse dinheiro. Por isso mesmo, o projeto está ‘preso na catraca’. O ‘domingo é meia’ é uma promessa de campanha usada de forma exagerada no guia eleitoral, em 2016. No ritmo do axé baiano, essa promessa foi cantada insistentemente para o maceioense ouvir bem.

“Ainda não implantamos este projeto porque ainda não sabemos de onde virá o dinheiro para custeá-lo. A licitação exige que apontemos de onde sairá o dinheiro para bancar esse projeto. Ainda não temos essa informação”, disse o prefeito numa das várias entrevistas que deu no mês passado sobre esse tema polêmico.

Na cidade, as informações são de que o prefeito Rui Palmeira pretende usar o dinheiro arrecadado com a exploração da Zona Azul para bancar o ‘domingo é meia’. Mas uma Ação Civil Pública proposta pelo promotor Marcus Rômulo – da Promotoria do Consumidor – estabeleceu uma ‘guerra’ de liminares a favor e contra a exploração da Zona Azul.

Na Ação, o promotor pede a anulação do contrato firmado entre a Prefeitura de Maceió e a empresa. Alias Teleinformática Ltda, que fará (ou faria) a cobrança do serviço. No âmbito da Justiça, a suspensão da Zona Azul em Maceió foi determinada pelo juiz Emanoel Dória, da 14ª Vara da Fazenda Municipal.

Por quanto, a proposta ainda está no campo da ambição. As placas foram instaladas nos locais, o asfalto foi pintado, mas está se esperando a autorização para começar a cobrança pela Prefeitura de Maceió para quem precisa estacionar o carro em espaços públicos e, em alguns casos, até em áreas privadas.

É o que está acontecendo com as ruas do Stella Maris. Há poucos dias, a Prefeitura de Maceió instalou placas e sinalizou o asfalto para a exploração do estacionamento pago. Houve reação dos moradores e comerciantes e o funcionamento, que estava previsto para acontecer em poucos dias, foi adiado.

Moradores e comerciantes das Ruas Doutor José Afonso de Melo; Manoel Coelho Neto e Professora Edith Brandão Nogueira reagiram contra a ideia da Prefeitura, que recuou sob a alegação de “atuar no momento na fase educativa”.

A Zona Azul vai funcionar de segunda à sexta-feira, das 8h às 19h, e aos sábados, das 8h às 14h.O valor será de R$ 2,50 por hora de permanência e o veículo poderá ficar estacionado por no máximo 4 horas. Já no caso do estacionamento em áreas, vias e logradouros públicos a permanência no local vai ser no máximo de 2 horas. Com um agravante: a Prefeitura de Maceió não se responsabiliza pelos danos causados aos veículos, remetendo a responsabilidade à Segurança Pública.

O pagamento poderá ser realizado através de aplicativo para celular ou por talões de estacionamento, que poderão ser comprados em pontos de venda credenciados. Vale ressaltar que os locais devem ser sinalizados nos padrões exigidos pelo Código de Trânsito Brasileiro.

 

OUTRO LADO

Em seu portal de notícias, a Prefeitura de Maceió informou que “o objetivo da Zona Azul Maceió é dar uso igualitário às vagas de estacionamento público, respeitando as reservas para idosos e deficientes físicos, para que haja circulação dos carros”.

A Prefeitura previa ainda que, a partir do dia 8 de abril de 2017, a Zona Azul nos estacionamentos da região dos edifícios Harmony e Le Monde na Jatiúca passaria a operar das 8h às 19h, de segunda a sexta-feira e aos sábados das 8h às 14h.

O valor cobrado seria de R$ 2,50 por hora, podendo fazer o pagamento fracionado de acordo com os minutos de permanência, a depender do meio de pagamento empregado nos bolsões (grande áreas) com o tempo máximo de permanência de 4h na parte interna do estacionamento, e de 2h no estacionamento mais externo e de fácil acesso.

Ocorre que, diante da pressão de moradores, comerciantes e empresários locais, a própria Prefeitura decidiu suspender o funcionamento da Zona Azul, por enquanto, fora dos bolsões.

Primeira Edição © 2011