Ex-presidente da Câmara da Itália entra na mira da Justiça

14/02/2017 08:07

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Ansa

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O ex-presidente da Câmara dos Deputados da Itália Gianfranco Fini (2008-2013) está sendo investigado pela Guarda de Finanças por lavagem de dinheiro.   

O ex-parlamentar está envolvido no inquérito que levou à prisão, em dezembro passado, do empresário Francesco Corallo, acusado de liderar uma rede de distribuição de jogos ilegais, como videoloterias e máquinas caça-níquel.   

Segundo os investigadores, os lucros clandestinos foram utilizados por Corallo em diversas atividades econômicas, principalmente na compra de imóveis. Além disso, parte desses rendimentos teria sido destinada à família Tulliani, de Elisabetta Tulliani, esposa de Fini.   

A Guarda de Finanças da Itália já sequestrou 5 milhões de euros em bens do clã. O nome do ex-presidente da Câmara surgiu no inquérito após operações contra Sergio e Giancarlo Tulliani, seu sogro e cunhado, respectivamente. Ambos são investigados desde dezembro, quando houve a prisão de Corallo.   

“É apenas uma formalidade, tenho plena confiança no trabalho da magistratura”, declarou Fini. Egresso do neofascista Movimento Social Italiano (MSI), o ex-deputado foi um dos aliados mais próximos do ex-premier Silvio Berlusconi e chegou a ser seu vice (2001-2006) e seu ministro de Relações Exteriores (2004-2006).   

Em determinado momento, o líder conservador apontou Fini como seu possível sucessor, mas ambos romperiam a aliança no fim da década passada. O ex-presidente da Câmara também é autor de uma lei que criminaliza a imigração clandestina, impede barcos ilegais de atracarem na Itália e estabelece punições para quem ajudar a entrada no país de deslocados externos sem documentos.  

Primeira Edição © 2011