Os ministros do novo governo do Egito tomaram posse neste sábado perante o presidente do país, Abdul Fatah al Sisi, que há uma semana tinha encarregado o tecnocrata Sherif Ismail a tarefa de formar um Executivo.

A nova equipe de governo, que estará constituída por 33 ministros, não apresenta mudanças nos principais setores, como Interior, Relações Exteriores, Defesa, Justiça e Investimentos e Finanças. Também seguirão em seus cargos os titulares de Provisões, Antiguidades e Recursos Hídricos.

No total, foram nomeados 16 novos ministros.

O ex-presidente do Governo, Ibrahim Mehleb, também encontrou um espaço na equipe de Ismail, que o designou Assistente do Presidente para Projetos Nacionais e Estratégicos.

A reforma do Executivo ocorre em meio a um aumento do descontentamento popular devido a vários casos de corrupção.

Entre as novas caras do governo destacam-se o ministro da Indústria e do Comércio, Tareq Qabil, e o de Agricultura, Essam Faid, que substitui Halah Hilal, forçado a renunciar no início do mês após a revelação de seu envolvimento em um caso de corrupção.

Segundo analistas, não é esperado que a nova equipe apresente um programa de governo devido à proximidade das eleições parlamentares, previstas para outubro e com duração até 2 de dezembro.

Novo chefe do Executivo, Ismail começou a ter destaque na vida política no primeiro governo constituído pelo golpe de Estado liderado por Al Sisi em julho de 2013, após derrubar o então presidente, o islamita Mohammed Mursi.

Até o momento, ele tinha dirigido a companhia estatal petrolífera Ganoub al Wadi, que administra as explorações e concessões no país, e antes outras empresas de renome, como a de gás natural Egas.

Ismail reorganizou o setor energético com a redução dos subsídios aos combustíveis, aliviando a crise que sofria o Egito, onde no último verão os cortes de luz foram frequentes.