Confusão teve inicio após superintendente do Procon gravar vídeo para Agências Alagoas dizendo que assumiu “herança assustadora”
Redação
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As denúncias da ex-deputada estadual, Flávia Cavalcante de que assumiu uma “herança assustadora” ao ser nomeada para a superintendência do Procon de Alagoas – politicamente – atingiram o governador Renan Filho, (PMDB).
O relato da gestora está no vídeo reportagem gravado pela Agência Alagoas e divulgado para a imprensa, onde Flávia é entrevista pela jornalista Fátima Santos e fala dos seis primeiros meses a frente do órgão.
Flávia disse que ao assumir o Procon se assustou em encontrar um órgão sem estrutura, com salários atrasados, conciliações paradas desde o mês de novembro e a sede do órgão sem água, com carros sucateados e contrato dos Correios sem ter sido renovado.
“Eu fiquei nervosa com aquela situação, porque eu não achava que fosse encontrar o Procon daquela forma. Porque era muita mídia na televisão. As pessoas sabiam que o Procon resolvia tudo, na verdade. E quando cheguei no órgão, me assustei. Foi assustador, a forma como encontrei o Procon”, relatou Flávia, que é filha do ex-prefeito dos municípios de São Luiz do Quitunde e Matriz do Camaragibe, Cicero Cavalcante, (PMDB), um dos políticos que mais promove a gestão do senador Renan Calheiros, presidente do Senado e o filho dele, Renan Filho.
A resposta a titular da pasta foram dadas na entrevista coletiva de seu antecessor, o deputado estadual mais votado na última eleição, Rodrigo Cunha, (PSDB).
Rodrigo Cunha se isentou dos problemas e disse que Flávia é vítima da irresponsabilidade do governador Renan Filho, acusado pelo deputado de esvaziar o órgão nos primeiros três meses de governo.
“Ela, (Flávia Cavalcante), realmente deve agradecer porque pegou o Procon funcionando. Porque o governador Renan Filho cometeu uma grande irresponsabilidade, ao demitir, no dia primeiro de janeiro, todos os cargos comissionados, toda a direção do Procon, e passar mais de três meses para nomear a nova diretoria. Durante todo esse período o Procon foi mantido por pessoas que realmente têm uma paixão pelo que fazem e, muitas vezes, botaram a mão no bolso para comprar cartucho de impressora, papel, usou os próprios automóveis para levar correspondências, porque o contrato dos Correios venceu e não tinha direção para renovar. Essas pessoas trabalharam de graça durante 90 dias. É uma situação que não deve se repetir. Porque mudanças devem acontecer, mas com substituições, não com uma ruptura. Do mesmo mal sofreram outros órgãos”, citou Rodrigo Cunha.
Ainda na reportagem a superintendente disse que agora o Procon está arrumado, pois teve que “comprar do bolso” (???) material como computadores, carimbos, uma bomba de água e “muita coisa”, salientando também o retorno das audiências e o pagamento dos salários atrasados.
Demonstrando completa insatisfação com a atual administração do Executivo, Cunha falou que em sete meses, a gestão de Renan Filho ainda não disse para o que veio.
“Infelizmente não percebo muitas evoluções. Pelo contrário, houve alguns atropelos como o Passe Livre”, lembrando que a forma como o governo apresentou o Projeto de Lei e a maneira como foi aprovado na Assembleia Legislativa, foi um “crédito ao governador”, que somente após a aprovação do Projeto entendeu os erros do Projeto.
O deputado chamou o discurso do Passe Livre como uma jogada de marketing que saiu pela culatra.
Até o momento a assessoria do governador não se posicionou sobre as palavras do deputado oposicionista.
Primeira Edição © 2011