O cargo de 1º secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa Estadual, (ALE), está vaga.

Na tarde desta quinta-feira, (26), durante sessão ordinária, o deputado Ricardo Nezinho, (PMDB), protocolou oficio renunciando ao cargo que foi empossado há 26 dias. O cargo de 1º secretário da Mesa corresponde a ordenar as despesas do Legislativo.

Nezinho, que solicitou uma nova eleição para o preenchimento da vaga, explicou que não pode continuar integrando a Mesa após a indicação de uma pessoa de sua confiança para a chefia do setor de Recursos Humanos da ALE ter sido vetada pela presidência.

Para a imprensa o presidente Luiz Dantas, (PMDB), disse que estava surpreso com a decisão – tratada como irrevogável – de Nezinho, mas que iria respeita-la. Sobre a justificativa, Dantas alegou que a indicação não foi dele e sim da maioria dos componentes da Mesa, e por ser soberana, a acatou.

A renúncia de Ricardo Nezinho acontece horas depois do encontro de Luiz Dantas com representantes da Associação e do Sindicato dos Trabalhadores da Assembleia, que se disseram revoltados com a proposta de pagar em 20 vezes os salários atrasados dos servidores ativos.

As dívidas do Legislativo com seus servidores incluem o adicional de 15% das datas-base e os salários de dezembro de todo o funcionalismo, e 1/3 de férias dos ativos. Apenas a metade do 13º salário dos aposentados e pensionistas foi depositada em dezembro. O restante dos 50% foi dividido em quatro parcelas, sendo paga apenas a primeira parte.

Mergulhada em dívidas a ALE, em menos de duas semanas, nomeou 500 funcionários comissionados que vão trabalhar nos gabinetes dos 27 deputados. Diariamente o Diário Oficial do Estado, (DOE), tem publicado os nomes dos comissionados, indicados por cada parlamentar.