Governo de Renan Filho pode enfrentar a primeira crise

Policiais militares exigem pagamento de reajuste. Estado pode não convocar reserva técnica

04/02/2015 14:10

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Redação

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O governo de Renan Filho, (PMDB), pode enfrentar sua primeira crise. Policiais militares não escondem a insatisfação pelo não pagamento do reajuste nos vencimentos, que deveria ter sido incorporado no salário de janeiro. O impasse pode levar os militares – oficiais e praças – a decretarem uma paralisação.

A decisão deve acontecer nesta quinta-feira, (5), durante assembleia geral, envolvendo a maioria das associações militares, a partir das 15h, na Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas, no bairro do Trapiche da Barra, região Sul de Maceió.                                                        

Segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados em Alagoas, (ACS/AL), cabo Wellington Silva, todos aguardam uma definição de Renan. Nesta quarta-feira, (4), líderes das categorias que formam a Polícia Militar, (PM), se reuniram com o secretário de Defesa Social e Ressocialização, Alfredo Gaspar. Eles exigiram uma posição do governo sobre o cronograma de pagamento para o reajuste da corporação, além da aplicação do 'Bico Legal' - projeto que permite que policiais militares trabalhem para particulares, principalmente como seguranças, nos dias de folga. Os líderes das associações também querem que Renan Filho encaminhe para a Assembleia Legislativa – para que seja votado –  o projeto que dispõe sobre a Lei de Promoções, que deveria ter sido votada na antiga gestão.

Wellington citou que é preciso que seja encontrada, por parte do novo governo, uma solução para todos os reclamos da tropa, em especial a aplicação do reajuste salarial que foi aprovado pelos deputados estaduais. Em resposta, o secretário garantiu levar as reivindicações ao governador antes que a assembleia tenha início.

Recentemente, através do secretário da Fazenda, George Santoro, foi anunciado que Alagoas não tem condições de ultrapassar a Lei de Responsabilidade Fiscal, (LRF), em detrimento ao acúmulo de dívidas, sendo necessário um corte no número de indicados para ocuparem cargos em comissão, em combustível, diárias e telefones. Santoro também não esconde a falta de condições para o Estado convocar os integrantes da reserva técnica da PM e da Educação.

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