EFE
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Uma manifestação da Ordem protestante de Orange contra a independência da Escócia reuniu neste sábado milhares de pessoas nas ruas de Edimburgo.
Membros da associação religiosa, considerada pelos católicos na Irlanda e no Reino Unido como radical por seu papel no passado conflito norte-irlandês, desfilaram sem incidentes com bandeiras britânicas e escocesas.
Nos cartazes que levavam, os manifestantes pediam o voto pelo 'não' à independência no referendo previsto para a próxima quinta-feira.
A campanha oficial contra a independência, que aglutina os principais partidos britânicos -conservadores, trabalhistas e liberal-democratas-, se desvinculou dos 'orangistas' ao considerar que seu radicalismo poderia fazer os católicos moderados favoráveis à união mudar de opinião.
Edward Stevenson, grande mestre da ordem de Orange na Irlanda, pronunciou um discurso durante o que se considera uma das maiores concentrações 'orangistas' no Reino Unido nos últimos tempos, no qual afirmou que a Escócia e o Ulster estão unidos por 'laços irrompíveis'.
Para Stevenson, a união com o Reino Unido é 'melhor para todos', dado que oferece 'liberdades civis para todo o mundo e privilégios especiais para ninguém'.
'Nossa mensagem é simples. Achamos que a união é o melhor para todos. Não só para os membros da Ordem de Orange, não só para as pessoas de uma tradição particular, mas melhor para todos' ressaltou o líder.
O dirigente da ordem, cujas manifestações e desfiles desembocaram em incidentes violentos na Irlanda do Norte em várias ocasiões, afirmou que os escoceses são um 'componente essencial' para o Reino Unido.
'Nossa mensagem aos cidadãos deste grande país é que queremos que fiquem. São vitais, um componente essencial e companheiros de valor no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do norte', disse Stevenson.
Em seu discurso, o líder rejeitou que a manifestação da polêmica ordem possa criar um desacordo entre os eleitores do 'não' nos últimos seis dias de campanha antes do referendo.
'Alguns elegeram questionar a efetividade desta manifestação, e fazendo isso estão demonizando a instituição de Orange na Escócia. No entanto, esses mesmos opositores elegeram esquecer que os orangistas escoceses são cidadãos, contribuintes e indivíduos que seguem a política', afirmou.
Primeira Edição © 2011