Yahoo
compartilhar:
O FBI iniciou uma investigação sobre a morte a tiros de um adolescente negro pela polícia, no subúrbio da cidade americana de St. Louis, no Estado de Missouri, informou o orgão segunda-feira. Manifestantes entraram em confronto no domingo com a polícia e saquearam lojas, em represália pela morte do jovem negro que estava desarmado, informou a imprensa local nesta segunda-feira. Bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas e soldados mobilizados para conter a violência que eclodiu na noite de domingo em Ferguson, no estado do Missouri, no centro-oeste do país.
A confusão começou depois de alguns milhares de pessoas prestaram homenagem para Michael Brown, de 18 anos, na noite de domingo. Após a vigília no local da morte do jovem, alguns tomaram as ruas de Ferguson, bloquearam o tráfego, e quebraram janelas de veículos e saquearam lojas. Durante o tumulto, pelo menos, um foco de incêndio foi relatado.
- Poderia ter sido um de seus filhos - gritou Charles Staton, de 35 anos, para os policiais.
Segundo o Departamento de polícia local, 32 prisões foram registradas na noite do domingo, todas relacionadas com os saques que ocorreram. Cerca de 60 oficiais extras foram chamados para ajudar a conter o tumulto.
As informações sobre a morte de Brown, que ocorreu no sábado, ainda não são claras. Uma testemunha identificada como Dorian Johnson afirmou à rede de televisão "KMOV News 4" que caminhava com o jovem Brown, quando um policial os confrontou e sacou a arma. O agente teria atirado no jovem, que depois, segundo o amigo, "colocou as mãos para cima".
- Ele começou a se abaixar e o policial ainda se aproximou com a arma na mão e disparou vários outros tiros - disse Johnson.
O chefe de polícia do condado de St. Louis, Jon Belmar, declarou em uma entrevista coletiva no domingo que Brown foi morto depois de agredir fisicamente um policial e tentar tomar a sua arma. Belmar, no entanto, não informou se o agente era branco.
centroGrandeAPJ.B. ForbesMulher reza no local onde Michael Brown foi mortoO incidente traz à tona as tensões entre as forças policiais, majoritariamente brancas, e a comunidade afro-americana na região. A mãe de Brown, Lesley McSpadden, declarou que seu filho havia acabado de se formar no ensino médio e planejava ingressar em uma universidade.
- Você sabe como foi difícil fazê-lo permanecer na escola e se formar? Você sabe quantos homens negros se formam? Não são muitos - declarou Lesley a um canal de televisão local.
Primeira Edição © 2011