UE envia representante especial ao Sudão do Sul em busca de solução

25/12/2013 12:31

A- A+

EFE

compartilhar:

A União Europeia (UE) anunciou nesta quarta-feira que enviará seu representante especial para o Sudão do Sul à região para tentar promover uma solução política ao conflito no país e permitir a cessação imediata dos confrontos armados.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, "pediu ao representante especial Alex Rondos que viaje a região para apoiar uma solução política ao conflito e para colaborar diretamente com os países envolvidos e as organizações", explicou a porta-voz Maja Kocijancic.

Desde a tentativa de golpe do último dia 15, o Sudão do Sul é cenário de combates e de uma escalada da violência étnica que já deixou centenas de mortos.

Rondos é o representante especial da UE para o Chifre da África e desde novembro também para o Sudão e o Sudão do Sul.

O enviado de Ashton analisará com os países vizinhos ao Sudão do Sul uma possível solução para o conflito por causa da "profunda preocupação" que a UE tem com a deterioração da situação no jovem Estado, que enfrenta seu maior desafio desde sua independência do Sudão, em julho de 2011.

"Instamos uma cessação imediata dos combates. As pessoas do Sudão do Sul sofreram o suficiente já", pediu a porta-voz de Ashton, que reiterou o apoio da União Europeia aos sul-sudaneses.

"É essencial que todos os líderes políticos se comprometam imediatamente com um diálogo político para resolver suas diferenças", acrescentou Kocijancic.

A ONU aprovou na terça-feira o envio de mais 5.500 capacetes azuis ao Sudão do Sul para fortalecer a missão (UNMISS) na região e denunciou a morte de milhares de pessoas por causa da escalada da violência após a tentativa de golpe de Estado.

Para tentar evitar que a crise se transforme em uma guerra civil, vários países africanos fazem esforços mediadores e tanto os EUA como a UE decidiram mandar seus enviados especiais à região.

O Escritório de Assuntos Humanitários da ONU estima que há mais de 80 mil pessoas deslocadas por causa dos combates no Sudão do Sul e esse número poderia ser maior, caso o acesso a algumas partes do país não tivesse sido limitado pela situação de insegurança.

Mais da metade dos deslocados buscaram refúgio nas instalações da UNMISS e só na capital, Juba, há mais de 20 mil refugiados nessas bases.

O coordenador humanitário da ONU no país, Toby Lanzer, denunciou na terça-feira que milhares de pessoas morreram desde o último dia 15, quando começaram os choques entre militares leais ao presidente sul-sudanês, Salva Kiir, e dissidentes partidários do ex-vice-presidente Riak Mashar.
 

Primeira Edição © 2011