Slum promove cadastro de catadores informais da orla

17/09/2013 14:47

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Assessoria

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Não é apenas de lixo que vive o catador informal. Como todo ser humano nessa função de risco, ele precisa da atenção da gestão pública, que deve oferecer melhores condições para o trabalho nobre e árduo de coletar o que pode ser reciclável entre o material que todos nós descartamos diariamente.

Com o objetivo de identificar o perfil dos catadores informais de resíduos que atuam na capital, a equipe de Educação Ambiental Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) percorreu as vias da orla e as principais ruas e avenidas da Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca durante quatro noites – das 19h às 23h – da última semana.

A primeira etapa do projeto intitulado “Catador Cidadão” também contou com a presença de representantes da Secretaria Municipal de Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes), da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e com educadores ambientais da empresa Viva Ambiental, além do apoio da Guarda Municipal de Maceió.

“A ideia é dimensionar quantas pessoas sobrevivem do lixo naquela região, para entendermos o que podemos propor para eles”, explica Nadja Barros, diretora de planejamento da Slum. O projeto é um dos que integram o programa de coleta seletiva que a Slum pretende gerenciar a partir dos próximos meses.

Juntas, cerca de 30 pessoas se dividiram em seis equipes, e partiram em busca dos trabalhadores da rua. Ao fim dos quatro dias – que incluíram duas saídas durante o turno da manhã –, o projeto Catador Cidadão conseguiu abordar e coletar informações sobre 22 catadores informais.

Capacitação

Para realizar o cadastro, as educadoras ambientais da Slum passaram por uma capacitação durante as últimas semanas – ministrada por representantes da Semas – e que foi complementada pelo curso de Formação em Educação Ambiental, que vem sendo feito em parceria com o Núcleo de Educação Ambiental da Universidade Federal de Alagoas (UFAL/NEA)

Como há uma estimativa que o número de catadores em ação atualmente na região seja superior aos 22 encontrados, o Catador Cidadão terá uma nova etapa de cadastro, ainda a ser definida.

No momento, os registros estão sendo tabulados para a construção de um banco de dados com informações pessoais (nome, idade, endereço, histórico familiar e cadastro em programas e benefícios sociais) e profissionais (rota de coleta, tipo, volume e comércio do material recolhido e as dificuldades de atuação, entre outros) sobre os catadores.

Primeira Edição © 2011