A Feira Internacional de Turismo (FIT) da América Latina abriu suas portas neste sábado em Buenos Aires como uma vitrine privilegiada dos atrativos de uma região que procura atrair cada vez mais visitantes e, se possível, frear o impacto da crise global no setor.

"A feira é a mais importante da América Latina e também é considerada como uma das cinco mais importantes do mundo. Nesta edição, há 45 países com stands próprios", destacou à Agência Efe Enrique Braun, responsável de Relações Institucionais da Associação Argentina de Agências de Viagens e Turismo, que organiza a feira.

Quase a totalidade dos países latino-americanos possui espaço próprio na feira para exibir seus atrativos turísticos ao público, que pode visitar a mostra até domingo, enquanto os profissionais do setor terão acesso exclusivo na segunda e terça-feira.

Assim como o Brasil foi no último ano, nesta edição o país convidado especial à FIT é o Equador, que apresentou destacados eventos para promover seus destinos e sua oferta cultural.

O Equador, segundo os organizadores da feira, se caracterizou pelo turismo administrado por suas comunidades, que oferecem experiências de convivência e aproximação ao passado histórico, assim como às tradições orais e um contato direto com a natureza.

Já a Argentina, país anfitrião e cuja presença domina a feira, apresenta como novidade o auditório "Viaja por teu país", auspiciado pelo Ministério do Turismo argentino.

O Brasil, por sua parte, mantém uma forte presença e aposta na demanda que será gerada a partir da Copa do Mundo de 2014.

"Trata-se de um evento que gera um grande fluxo em direção a outros destinos vizinhos ao Brasil, sobretudo de turistas que vêm de longe e aproveitam para conhecer outros países", assinalou Braun.

Segundo o porta-voz, cada turista conta muito na América Latina, já que, embora o setor crescido nos últimos anos, a crise global aponta uma queda de turistas, especialmente europeus, fato que acaba sendo compensado com um aumento do turismo nacional ou regional.

Segundo relatório recente da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), os fluxos de turismo na região apresentam este ano um menor dinamismo devido a uma queda no crescimento econômico dos países desenvolvidos e de alguns da região.

"A redução do número de turistas que chegam à região reflete um contexto externo de incerteza", apontou o organismo, que, por outro lado, destacou que "o turismo intra-regional cresceu consideravelmente nos últimos anos".