Na avenida que leva o nome da cidade e cruza o histórico bairro de Jaraguá, o terreno de uma estação ferroviária desativada deixou de ser um ponto de lixo crônico desde a manhã desta quinta-feira (12). Com o fim da ocupação irregular de um depósito de sucata e a desapropriação de pessoas que utilizavam o local, a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) iniciou a operação de limpeza e retirada de entulho, em ação que se prolonga por todo o dia de hoje.

Os trabalhos contam com o apoio da Polícia Ferroviária Federal, da Polícia Militar de Alagoas e da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). Um efetivo de 20 homens atua com a perspectiva de retirar de mais de 100 toneladas de resíduos do terreno. “Com isso, retiramos uma área que, apesar da nossa atuação constante, não vínhamos exercendo um bom controle sobre ela. Agora, conseguimos garantir a sua limpeza”, comemora Gustavo Novaes, superintendente da Slum.

Mas para a Avenida Maceió voltar a respirar, foi necessária uma articulação entre a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – as duas instituições proprietárias das partes ocupadas do terreno –, a partir de solicitação da Slum, como explica o superintendente Gustavo Novaes. “Havia um processo de reintegração de posse solicitado pela União e que foi concedido agora pela Justiça. Houve a desocupação do prédio que situado dentro da área onde funcionava depósito de lixo, sucata e recicláveis”, esclarece.

A CBTU ficou responsável por cerca e manter a vigilância no local para evitar o descarte inadequado de lixo. As perspectivas para o terreno incluem a reativação da estação de trem e a instalação do museu do trem. “No momento, discute-se a implantação dos projetos, que passam pela aprovação do Iphan e envolvem a participação do município. Nos próximos quinze dias, as instituições e a Prefeitura vão sentar para discutir essas questões”, diz Gustavo Novaes.

A área não deixa de preocupa a Slum, que estuda a possibilidade de instalar o chamado Ecoponto – local preparado para receber resíduos da construção civil, restos de poda e material reciclável – nas imediações. “Ou, se possível, dentro do próprio projeto. A idéia é assegurar a criação de um local adequado para fazer o descarte. Nós sabemos que ele continuará a existir na região. Se não garantirmos a instalação dele outro ponto do bairro será ocupado por resíduos”, finaliza o superintendente da Slum.