Vereadores visitam aterro sanitário em Maceió

Objetivo dos parlamentares da Câmara Municipal de Maceió foi inspecionar o funcionamento do local administrado pela V2 Ambiental

31/07/2013 14:38

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Assessoria

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Os vereadores Chico Filho (PP), Zé Márcio (PSD), Silvio Camelo (PV) e Silvânio Barbosa (PSB) visitaram na manhã desta quarta-feira (31) a Central de Tratamento de Resíduos de Maceió, no Benedito Bentes. O objetivo da visita foi fiscalizar as condições, o acesso e a forma como o aterro sanitário está sendo operado.

A visita foi acompanhada pelo gerente regional do aterro, Irani Nunes, do responsável pela operação no local, Haroldo Santana, e do consultor contratado pela empresa V2 Ambiental, Alder Flores. Eles explicaram aos vereadores como ocorre o processo de tratamento dos resíduos sólidos levados ao local, bem como a destinação dada ao chorume – o líquido escuro e de odor desagradável fruto da decomposição do lixo. Segundo os técnicos da empresa, o chorume é extremamente tóxico, tem alto poder poluente. A cada 1000 toneladas de lixo, 100.000 litros de chorume são gerados. “O tratamento piloto que estamos desenvolvendo aqui no aterro, irá retirar cerca de 75% das impurezas do chorume, transformando-o em água de reuso, que pode ser utilizada dentro da frente de serviço do próprio aterro”, explicou Irani Nunes.

Segundo o presidente Chico Filho, ao visitar o local, os vereadores estão desempenhando a função fiscalizadora que lhes é atribuída legalmente. “Alguns vereadores conheceram o aterro agora e ficaram sabendo como funciona. Nossa intenção é verificar as condições de funcionamento e trabalho no local”, afirmou.

O vereador Silvio Camelo lembra que a visita é um dos desdobramentos do trabalho iniciado nas primeiras semanas de julho, de análise de informações e documentos que apontam para a legalidade e viabilidade do novo shopping que está sendo construído em Cruz das Almas, em uma área próxima ao antigo lixão.

Para Silvânio Barbosa, a visita serviu para observar como estão sendo executadas as ações para o pleno funcionamento do aterro, inclusive como a análise da acessibilidade ao local.
O mesmo problema chamou atenção do vereador Chico Filho, que observou que os caminhões que recolhem o lixo da parte baixa da cidade sobem para o aterro passando por uma estrada de terra, em Garça Torta, causando prejuízos à comunidade, a exemplo dos moradores da Grota do Andraújo.

O vereador Zé Márcio observou que a visita possibilitou que ele conhecesse desde o acesso ao local, até as células que estão sendo implantadas. “Verificamos as balanças de pesagem e o tratamento químico e o transporte do chorume”, afirmou.

Uma visita à área do vazadouro (antigo Lixão), que fica em Cruz das Almas, também estava prevista para acontecer na manhã desta quarta, mas foi adiada, devendo ocorrer na próxima semana.

Entenda

O lixão é um grande espaço destinado apenas a receber lixo. Isso significa que nada é planejado para “abrigar” os resíduos de forma menos agressiva ao meio ambiente. Não há tratamento para o chorume, líquido liberado pelo lixo, que contamina o solo e a água. Por lá, não é difícil encontrar ratos e insetos circulando livremente. Os resíduos ficam, literalmente, a céu aberto.

Já no aterro sanitário, o lixo é depositado em local impermeabilizado por uma base de argila e lona plástica, o que impede o vazamento de chorume para o subsolo. Diariamente, o material é aterrado com equipamentos específicos para este fim. Existem, também, tubulações que captam o metano, gás liberado pela decomposição de matériaorgânica e que pode ser usado para gerar energia. 

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