Relembre como surgiu a versão de duplo homicídio no caso PC Farias

George Sanguinetti questionou a versão de crime passional e levantou a hipótese de duplo homicídio.

04/05/2013 13:44

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Marigleide Moura

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O legista alagoano George Sanguinetti foi quem primeiro contestou a versão de homicídio seguido de suicídio no caso PC Farias, morto na madrugada do dia 23 de junho de 1996, no quarto do casal em uma casa de praia em Guaxuma, litoral norte de Maceió. Dois anos após o crime, o legista fez uma perícia paralela e forneceu à polícia um novo laudo que derrubou a tese alegando que à trajetória dos tiros não coincidia e concluiu que houve duplo homicídio.

O laudo oficial foi feito por Badan Palhares e apontou para um crime passional, ou seja, com o assassinato do ex-tesoureiro por sua namorada, seguido do suicídio de Suzana.

O ponta pé para a mudança ocorreu em 1998 após a contratação de outros dois peritos – Genival Veloso de França (da UFPB) e Daniel Munhoz (USP). Eles também atestaram que a tese de crime passional não se sustentava. A partir daí uma nova investigação teve início.

A reviravolta no caso resultou na denúncia dos quatro policiais militares responsáveis pela segurança do empresário: Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva.

George Sanguinnetti chegou a ser condenado a dois anos de prisão por acusar Badan Palhares de fraude processual e cumpriu a pena em liberdade, por ser réu primário.
 

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