Cirurgiões sem contrato fecham com cooperativa e efetivos vão processar Estado

Categoria vai se reunir hoje para buscar amparo legal sobre a situação salarial

05/02/2013 06:55

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Marigleide Moura

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Os médicos cirurgiões – sem contrato com o Estado - que ameaçavam desligamento em massa e com isso abandonar o Hospital Geral do Estado (HGE) vão continuar trabalhando através da Cooperativa de Médicos do Hospital do Açúcar. O salário é de R$ 15 mil. No entanto, a notícia desagradou os cirurgiões efetivos do HGE e da Unidade de Emergência do Agreste que querem equiparação salarial e devem recorrer à justiça.

“Os efetivos vão buscar amparo legal para resolver a situação”, explicou a diretora do Sinmed, Edilma Albuquerque, ao Primeira Edição em entrevista nesta terça-feira (5). Segundo a sindicalista, a polêmica será tema de uma nova reunião na noite de hoje a partir das 19h, na sede do Sinmed.

Ainda conforme o Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), os profissionais consideram injusto compartilhar carga horária e o mesmo tipo de trabalho com colegas que estarão ganhando muito mais do que eles.

O Sinmed já anunciou que vai pedir audiência com o Ministério Público do Trabalho da 19ª Região e com o Tribunal de Contas da União (TCU) para tratar sobre prestadores de serviços, contratações ilegais no PSF e contratação de cooperativas de especialidades médicas pelo Estado.

Para o Sinmed, a contratação por meio de cooperativas é uma forma de não realizar concurso público. “O que dá estabilidade é emprego público efetivo. O médico tem que lutar por remuneração digna. Não podem estar se iludindo com essa história de cooperativa. No dia que o Estado resolver não pagar a cooperativa, pagar só uma parte ou começar a atrasar os pagamentos, os médicos ficam sem receber ou terão que ratear migalhas”.

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