Sindicato diz que categoria mantém paralisação; atendimento no HGE e em alguns ambulatórios continuam normal
Marigleide Moura
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A paralisação dos médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) já foi decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Alagoas. Cerca de 1300 profissionais que trabalham em todo o Estado devem cruzar os braços a partir de hoje (11) mesmo com a decisão judicial, segundo Wellington Galvão, presidente do Sinmed.
Galvão contou em entrevista ao Primeira Edição que enquanto a categoria realizava assembleia na noite de ontem, um oficial de justiça levou uma liminar com data retroativa. " Já estava tudo preparado, mas nós não vamos recuar", disse acrescentando que no documento apresentado pelo oficial havia erro e a liminar não foi aceita.
Na manhã de hoje, um documento corrigido foi entregue ao líder do sindicato.
Apesar do anúncio da greve desde a semana passada, em alguns ambulatórios e nos Hospital Geral do Estado, no bairro Trapiche, o trabalho continua normal. “A paralisação será paulatina e a categoria decidiu em assembleia nesta segunda que não vai recuar”, reafirmou Galvão.
Os médicos exigem do governo do Estado a implantação do Plano de Cargos e Carreiras a realização de concurso público e melhoria salarial.
Na semana passada uma reunião com o secretário de Gestão Pública, Alexandre Lages, não avançou na pauta de reivindicações apresentada pelos médicos. Outra reunião com secretários de Estado e o Governador Teotônio Vilela vai discutir a situação da classe.
A decisão judicial que decreta a ilegalidade da greve também estabelece o pagamento de multa diária no valor de R$ 50 mil por dia, caso os médicos não voltem imediatamente aos trabalhos.
Primeira Edição © 2011