Governo prorrogará programa de estímulo aos investimentos na indústria

05/12/2012 12:04

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EFE

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A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira que o governo prorrogará até o final de 2013 o Programa de Sustentação de Investimentos (PSI) a fim de estimular ainda mais a indústria, que segundo a governante ainda não se beneficiou de todas as medidas implementadas para fomentar o crescimento.

'Várias medidas que tomamos em 2012 ainda não surtiram o efeitos completo, mas temos a segurança que se vão estender no sistema econômico', assinalou Dilma no discurso de abertura do Sétimo Encontro Nacional da Indústria, realizado em Brasília.

Os detalhes das condições para ampliar o programa de investimentos até 2013, de acordo com a presidente, serão anunciados entre hoje e amanhã pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Por 13 meses consecutivos, a produção industrial brasileira passou por um período de contração que foi interrompido em outubro, quando foi registrado um avanço de 2,3% frente ao mesmo mês de 2011 e de 0,9% em relação a setembro deste ano.

Segundo o governante, para o desenvolvimento do país 'uma indústria competitiva é uma questão central' e citou que para alcançar esse objetivo, o Banco Central reduziu a taxa de juros até 7,25% anual, 'um nível sem precedentes' no país.

'É verdade que tivemos um desempenho bastante precário da indústria, mas também é verdade que ela se está recuperando', afirmou Dilma perante 1.500 empresários e líderes sindicais reunidos na capital brasileira.

A presidente considerou a redução da taxa básica de interesse e a depreciação do real frente ao dólar como fatores 'favoráveis' para o setor industrial.

'Hoje temos um 'mix' de mudança e interesses muito mais propício ao desenvolvimento produtivo', assinalou a chefe de Estado, que também destacou a ampliação de recursos para a educação feita por seu governo e o empenho para reduzir o custo das tarifas de energia como aspectos 'fundamentais' para incentivar a produção industrial.

'Tudo o que colocamos na educação, é investimento para o momento presente e economia para o governo futuro', ressaltou Dilma, que vetou na sexta-feira um dos artigos da nova lei de repartição de royalties petrolíferos para garantir os contratos já assinados e destinar mais recursos ao setor educativo.

Durante o encontro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) entregou a Dilma um documento com 101 medidas propostas para a 'modernização laboral', entre as quais aparece um pedido para facilitar a entrada de profissionais estrangeiros qualificados ao país devido à escassez que há de mão de obra especializada em alguns setores.

Primeira Edição © 2011