Assassinato aponta fragilidade na segurança de reeducandos e estudantes no Campus da UFAL

No regime semiaberto, cerca 31 pessoas trabalham no Campus de Maceió

30/10/2012 14:22

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Marcos Filipe Sousa

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O crime registrado pela Polícia Militar (PM) na manhã desta segunda-feira (29) onde o reeducando do regime semiaberto, Flávio Santos da Silva, 29, foi morto enquanto trabalhava no Campus da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) em Maceió, reascendeu o problema da segurança no local.

O Primeira Edição tentou entrar em contato com o Pró-Reitor de Gestão Institucional, Walmir Pedrosa, mas ele não se encontrava em seu gabinete e o seu celular não atendia. Entramos em contato com a assessoria de comunicação da Superintendência Geral de Administração Penitenciária para explicar o trabalho dos reeducandos no campus.

Segundo o órgão, trabalham na universidade no regime semiaberto 31 pessoas e o convênio com a instituição é o mais antigo com 10 anos de existência. Outros 100 reeducandos estão trabalhando em empresas privadas e outros no setor público, como os Correios, Casal e DER. Ainda segundo a superintedência, não é possível proteger os trabalhadores em 100%, evitando crimes como o que acontece ontem. Além disso, a fiscalização do trabalho ficar sob a responsabilidade da empresa com o envio de relatórios.

Por outro lado, o presidente da Comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Alagoas, Gilberto Irineu, explicou que mesmo neste caso, onde o reeducando ganha uma progressão de regime, ele ainda está ligado ao Estado. “Caso seja comprovado que a pessoa corra algum risco é preciso proteção. Principalmente porque muitos deles deixaram desavenças nas ruas”, explicou.

Enquanto isso, alguns estudantes da UFAL ficaram preocupados com o que aconteceu. “Não é discriminação, mas eles ficam trabalhando no campus sem nenhuma fiscalização e proteção para ele e nós”, disse uma estudante do curso de Ciência da Computação.
 

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