Stacy revela ser homossexual: 'Não me escondo mais'

Ex-jogadora do Vôlei Futuro e da seleção americana posa para fotos com namorada: 'Cansei de usar máscaras só por ser uma jogadora de Olimpíadas'

24/10/2012 19:08

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GLOBOESPORTE.COM

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Ex-líbero do Vôlei Futuro e da seleção americana, Stacy Sykora está mais leve. A jogadora, atualmente no Urbino, da Itália, revelou ser homessexual em uma entrevista ao site Pallavoliamo. Em um longo depoimento, a atleta, que quase morreu em um acidente de ônibus com a equipe de Araçatuba no ano passado, afirmou que assumir sua sexualidade tira um peso das costas.

- Agora eu não me escondo mais. Eu cansei de usar máscaras só por ser uma jogadora de Olimpíadas. Eu tenho meus pontos fortes e minhas fraquezas. Agora, como eu não me escondo em quadra, não me escondo mais no amor. Eu tenho uma namorada e, com ela, eu me sinto muito bem. Sinto muito se alguém torcer o nariz com a minha homossexualidade, mas eu estou bem com ela e isso é importante. Antes do acidente, já tive namoradadas, mas no passado eu escondia. Esta é a primeira vez que admito isso abertamente.

Ao assumir o namoro com Shivonn, Stacy afirma que ainda assim pode ser uma boa jogadora dentro de quadra. A líbero, que depois do acidente acabou perdendo espaço na seleção americana que conquistou a prata nos Jogos de Londres, diz que revelar sua posição sexual não vai atrapalhar seu jogo.

- Eu tenho uma namorada, mas isso não significa que eu não possa ser uma boa jogadora e uma boa pessoa. Estou longe de casa desde 1998 e nunca partilhei minha vida com ninguém. Via meus pais apenas uma vez por ano. Agora, pela primeira vez, tenho uma pessoa em meu cotidiano. E, toda noite, não vejo a hora de chegar em casa do treino e estar com ela. Agora, que eu tenho a Shivonn comigo, estou vivendo a minha vida. Porque, se eu morresse amanhã, ao menos estatia fazendo o que me faz feliz. Eu acredito que, quando morrer, vou estar sozinha. Então, quero aproveitar cada momento da minha vida com as pessoas que eu gosto.

Stacy afirma que tudo o que quer fazer é aproveitar a vida e jogar vôlei. Ela diz que essa foi a maior lição do grave acidente no Brasil em abril do ano passado.

- Eu não penso muito sobe futuro agora. Eu estou muito focada no meu presente. Claro, adoraria jogar na seleção, mas não sei se vou voltar. Estou jogando aqui em Urbino e estou feliz. Vamos ver o que podemos fazer. A única coisa que tenho certeza é de que amo vôlei. É a minha vida. Quando eu sofri o acidente e quase morri no Brasil, a única coisa que eu conseguia pensar era jogar vôlei – disse.
 

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