Uma das cenas mais marcantes da primeira edição do UFC Rio, em agosto do ano passado, foi a vitória de Rodrigo Minotauro sobre Brendan Schaub. Depois de levar um susto, conseguiu nocautear o norte-americano e levou a arena carioca ao delírio. Não foram poucas as pessoas vistas às lágrimas. Uma chuva de cerveja também tomou conta do local.

Agora, ele volta ao evento carioca para testar seu status de herói do show e do próprio MMA brasileiro. Mas não é qualquer volta. Estrela da penúltima luta da noite no UFC Rio 3, contra o norte-americano Dave Herman, Minotauro terá de provar que está recuperado da fratura no braço que sofreu contra Frank Mir no final do ano passado.

“Graças a Deus estou totalmente recuperado, as fortes dores que sentia no meu braço direito finalmente passaram”, explicou o peso pesado em conversa com o blog.

Não há como negar que ainda há o fantasma daquela derrota. Não tem como se esquecer uma lesão tão grave como aquela. Mas ele prefere pensar nela como uma lição aprendida. “Aprendemos muitos mais com uma derrota do que com uma vitória. Apesar do resultado negativo tirei muitas coisas positivas daquele combate. Analisei muitos fatores no meu treinamento e pude corrigir o que estava errado.”

“Foi um erro que cometi e aprendi contra o Mir. Tive oportunidade e quis tentar finalizar. São coisas de luta, do momento. Perdi o momento e tentei a finalização. Eu gosto do chão, prefiro finalizar no chão. Se tiver chance, vou para finalização. Mas não trocaria o nocaute por uma finalização. Aprendi isso naquela luta”, completou.

Mas mesmo vindo dessa grave lesão e com 36 anos, Rodrigo prevê ainda um bom tempo de carreira. Ele explicou que pretende lutar mais três anos, pelo menos. Minotauro garante que uma derrota não criará uma pressão para que ele pare. “Já passei por isso outras vezes. Pretendo realizar muitos outros combates, quero lutar por mais três anos.”

Sobre as provocações de seu rival – Dave Herman disse que adoraria aposentar o brasileiro em casa – Minotauro mandou um recado curto e direto: “Gosto de enfrentar caras que usam o trash talk, esse tipo de provocação, fico muito mais motivado para o duelo.”