Estudo de sustentabilidade na aquicultura tem ovelhas como experimento

Algas oriundas do cultivo de peixe vão servir como alimentação de ovinos caprinos e bovinos nos perímetros do canal do sertão

25/07/2012 16:37

A- A+

Divulgação

compartilhar:

A Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepaq) recebeu no último fim de semana, da empresa alagoana de cultivo de peixe, Red Fish, a doação de quatro ovelhas mestiças para o Núcleo de Produção de Alevinos de Rio Largo que pertence ao órgão em parceria com a Ufal.

De acordo com o superintendente da Sepaq, Edson Maruta, a importância dos animais para a aquicultura se dá principalmente para apoiar a sustentabilidade. Já que as algas, oriundas do cultivo de peixe, irão servir como alimentação de ovinos, caprinos e bovinos.

“Estes animais serão utilizados para o estudo integrado do projeto de produção intensiva de Pirarucu nos perímetros produtivos do Canal do Sertão, onde o efluente, isto é, as águas oriundas do cultivo, antes de serem descartadas ao meio ambiente, passarão por um processo de depuração com plantas aquáticas flutuantes”, explicou o superintendente.

Além de servir como alimentação de alguns animais, o estudo tem o objetivo de identificar as principais espécies que podem promover a depuração. Dessa forma, possibilitará, na região, uma nova fonte de alimento, que na maioria dos casos, apresenta características nutricionais diferenciadas.

Segundo o sócio-proprietário da Red Fish, Fernando Chaves, a empresa já utiliza as plantas aquáticas para o tratamento das suas águas, e este trabalho poderá abrir novos horizontes para a sustentabilidade da atividade.

Plantas Aquáticas

De acordo com o professor Elton Lima do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (Ceca/Ufal ), as plantas aquáticas apresentam um grande potencial como fonte de alimentos para a zootecnia, em especial a azolla, que nos ensaios da estação, vem demonstrando uma grande capacidade de produção, superior a 50 toneladas de matéria seca por hectare/ano, aliado ao valor nutritivo de sua proteína bruta entre 25 a 35%.

Primeira Edição © 2011