O problema é antigo e sempre que chove a situação nas praias da Capital são as mesma. Solução encontrada apenas 'maquia' problema
Jessica Pacheco
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Não é nenhuma novidade que a cidade de Maceió não suporta chuva e ventos fortes, a novidade é que entra ano e sai ano e nada se modifica. Ruas alagadas, semáforos intermitentes, quedas de árvores, risco de deslizamentos, e lixo, muito lixo. Depois de dois dias de chuvas moderadas, os ‘cartões postais’ da cidade precisam de trator para recolher lixo que a chuva trouxe.
Uma caterpillar e uma dezena de garis, essa é a solução encontrada pela Prefeitura de Maceió para recolher todo o lixo que a chuva levou, através dos esgotos — ou melhor das línguas negras —, para a orla marítima de Maceió.
Nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (13) o trabalho já havia começado na orla da Jatiúca, passou pela Ponta Verde e Pajuçara, e deixou apenas marcas na areia das praias e pouca quantidade de lixo ainda boiando nas margens.
A cor da água nas margens das praias era escura, resultado das línguas negras que desembocam nos locais. O trator foi avistado já na praia da Avenida e deve seguir até o Pontal. O lixo é empilhado e no fim um trator o recolhe, ou deixa no local mesmo [Praia da Avenida, já que é quase inabitada por conta da poluição].
Não é a solução para o problema, mas ‘maquia’ e evita que os turistas vejam o grau de poluição que já é assustador. Para os ambientalistas, essa prática é nociva para as espécies marinhas. A tartaruga, por exemplo, em época de desova pode ser atropelada pelo trator, ou ter seu ninho esmagado pela máquina.
Na Cruz das Almas, a construção de um canal de tratamento de esgoto já está avançada, mas o odor presente chega a ser insuportável.
Sabe onde vai parar aquele papelzinho de bala que você joga no chão? As águas das chuvas arrastam o lixo para as bocas de lobo, entopem e causam os alagamentos, ou pior, levam diretamente para dentro do mar.
Faça a sua parte e jogue o lixo no lixo.
Primeira Edição © 2011