Rampa de acessibilidade leva deficiente a barranco e terreno baldio

Obras em Marechal Cândido Rondon, no Paraná, custam R$ 2 milhões. 'Eles vão retirar as rampas erradas e construir de novo', garante prefeito.

18/05/2012 09:41

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G1

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A construção de rampas de acessibilidade instaladas pela prefeitura de Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná, tem chamado a atenção dos moradores. Isso porque as rampas destinadas a deficientes físicos foram construídas em locais inadequados que não levam o cadeirante a lugar algum. Algumas delas foram feitas em barrancos e em frente a terrenos baldios.

As rampas, que começaram a ser construídas há um mês, fazem parte de um projeto que prevê recapeamento asfáltico e sinalização. O investimento foi de R$ 2.091.381,10, dinheiro repassado pelo Ministério das Cidades. “É um dinheiro jogado fora. Quem vai passar ali? O que precisa fazer eles não fazem”, reclama o aposentado Holdi Wommer.

A presidente da Associação dos Deficientes de Marechal Cândido Rondon, que também é Cassiane Seghatti/G1cadeirante, Alaíde Sauer, conta ao G1 que ficou surpresa quando viu as rampas prontas. “É totalmente fora do padrão. Deveriam ter conversado com algum cadeirante para saber os melhores lugares para construir esses acessos”.

Ela diz ainda que encontra muita dificuldade para se locomover na cidade. “Se construíssem essas rampas em outros lugares, poderiam ser mais usadas”, complementa.
O secretário de planejamento Mauro Siqueira Donha, esclarece que, ao todo, serão construídas 254 rampas, uma exigência da Caixa Econômica Federal, responsável pela liberação do recurso. De acordo com Donha, se as rampas não fossem construídas, independente de haver calçada ou não, a liberação ficaria comprometida. “Num volume desses de rampas, provavelmente uma ou outra ficou em desacordo. Mas o pessoal já está fiscalizando e notificando. Eles vão retirar as rampas erradas e construir de novo”, garantiu.

 

A empresa Samp Construtora de Obras LTDA ganhou a licitação para construir a rampa. De acordo com o encarregado de obras Luiz Carlos dos Santos, a obra foi feita exatamente como estava no projeto. “Quando se pega um projeto da Caixa Econômica, é tudo vistoriado antes. Eles não mandam um projeto se não tiver vistoria. Nós só executamos o que eles pediram”, explica.
O secretário de planejamento de Marechal Cândido Rondon afirmou que uam reunião foi realizada na quarta-feira (16) com o responsável pelo projeto e o representante Samp. No encontro foi decido que a empresa ficará responsável por refazer as rampas que estão em lugares inadequados.

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