Editorial: Trânsito à beira do colapso

14/05/2012 05:30

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Jornal Primeira Edição

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O trânsito de Maceió está cada vez mais complicado e não há muitas opções para melhorá-lo. Primeiro, porque a topografia da cidade não ajuda. Segundo, porque a cidade é pobre e qualquer projeto de impacto requer ‘dinheiro de fora’.

Estão aí os viadutos construídos nos dois governos de Cícero Almeida – todos com recursos de emendas parlamentares. O município entra com uma merreca, aporte irrisório. O VLT, o de Satuba e Rio Largo – que circula pela capital – foi comprado com dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O próximo – esse sim, de Maceió e para o usuário maceioense – será implantado com dinheiro do governo federal, conforme compromisso já assumido pela presidente Dilma.

O que mais se pode fazer? Alguns viadutos em pontos estratégicos (como a ladeira dos Martírios), algumas novas avenidas e ponto final. O resto vai depender da consciência de cada cidadão, como acontece nas grandes metrópoles, onde os motoristas evitam transitar por áreas sujeitas a congestionamentos.

O transporte coletivo vai ficar no que está, mas pode ser otimizado com a renovação da frota de ônibus, o que pode induzir a população a sair menos com veículo particular. A adoção do rodízio deve ser descartada porque produz efeito contrário, como ocorreu em São Paulo. O sistema induziu o paulistano a comprar mais de um carro para ter a opção de circular todo dia pelo centro alternando placas terminadas com números pares e ímpares.

No mais, é esperar para ver o que vai acontecer daqui a 10 anos – prazo que os especialistas estipulam para a ocorrência do travamento definitivo das áreas críticas do nosso trânsito.
 

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