População recebe orientação sobre Lúpus no Centro de Maceió

Cerca de 4,5 mil alagoanos vivem com lúpus e outros não sabem que são portadores por desconhecimento

10/05/2012 13:09

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Marcos Filipe Sousa

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Nesta quinta-feira (10) a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu como Dia Mundial de Combate ao Lúpus. Como forma de divulgar a doença, seu diagnóstico e tratamento, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu no calçadão do Centro de Maceió um dia de mobilização.

O coordenador da Gerência de Núcleo do Programa de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência (GNAPD), Ernestino Veiga, explicou que no estado a incidência da doença é considerada estável. “Cerca de 4,5 mil alagoanos vivem com lúpus e outros não sabem que são portadores por desconhecimento”, explicou.

A programação contou com rodas de conversa, distribuição de material educativo e palestras sobre o tema. Durante todo o dia, a população teve acesso ainda a uma série de serviços, como aferição da pressão arterial e vacinação contra hepatites B e C, tétano e gripe A.

Ernestino definiu a doença: “A Lúpus é uma doença autoimune rara, mais provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico, exatamente aquele que deveria defender o organismo das agressões externas causadas por vírus, bactérias ou outros agentes patológicos”. Ele ainda ressaltou que a doença é mais frequente nas mulheres do que nos homens.

São vários os sintomas do Lúpus podendo não estar presentes todos ao mesmo tempo, Ministério da Saúdealgumas pessoas apresentam apenas alguns deles.
Como, erupção na face sobre a zona do nariz e bochechas em forma de borboleta, erupção lembrando a mordedura de um lobo (Lúpus discóide), sensibilidade aos raios solares (lesões após a exposição aos raios ultravioletas), erupções bucais e naso-faringeas, queda de cabelo, fadiga, dores de cabeça, dores e inchaço nas articulações devido a inflamações articulares.

Apesar de não ter cura, a doença tem tratamento e o paciente tem a perspectiva de uma vida longa e de qualidade. "O lúpus evolui em períodos de atividade, quando necessita de tratamento contínuo, e de inatividade, quando o tratamento é cuidadosamente retirado", continuou Veiga. Ele comenta ainda que alguns pacientes podem apresentar uma única crise em toda a sua vida.

Em casos mais avançados, o tratamento medicamentoso é o mais indicado. Pacientes que não precisam de remédio costumam seguir uma rotina de uso de bloqueadores solares, exercícios físicos, sono adequado e uma dieta balanceada.
 

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