Sem definição, serviços do Samu podem ser suspensos, diz sindicato

Segundo sindicato, toda a frota está deteriorada; entidade aguarda resposta da Secretaria de Saúde

23/04/2012 06:45

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Marigleide Moura

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Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Atendimento Pré-Hospitalar de Alagoas (Sinsamu/AL) ameaçam paralisar as atividades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) até a próxima quarta-feira (25). A informação foi dada na manhã de hoje (23) ao Primeira Edição pelo presidente do Sinsamu, Cláudio Wagner.

Segundo explicou o sindicalista, a categoria aguarda um posicionamento da Secretaria de Saúde de Estado para resolver o problema das ambulâncias do Serviço que circulam em Maceió. “As ambulâncias não têm mais condições de circular. Elas colocam em risco a vida e a segurança dos trabalhadores e dos pacientes”, disse Wagner.

Ainda segundo o Cláudio Wagner, a semana passada o Sinsamu protocolou em vários órgãos um ofício com denúncias sobre as condições precárias dos veículos. “Fomos ao Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, ao Conselho Estadual de Saúde, na Assembleia Legislativa de Alagoas e ao Tribunal de Justiça, pedir por meio de ofício uma solução para esse sério problema. Queremos que alguém faça alguma coisa”, falou.

“Nossa proposta é que alguém venha até aqui conferir a situação dos veículos. Temos onze ambulâncias e nenhuma possui condições de rodar. Eles rodam 24 horas por dia e tem uma deterioração muito grande”, afirmou acrescentando que na próxima terça-feira a categoria deve reunir-se outra vez para definir os rumos da mobilização.

A semana passada, o secretário de Saúde, Alexandre Toledo, esteve no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Maceió para uma reunião com servidores. Toledo alegou que o desfinanciamento da Saúde tem impossibilitado a realização de alguns investimentos. “Esse é um problema sério. Recebemos R$ 520 mil para custeio do Samu e só a folha de pagamento de Maceió é de R$ 1 milhão. O custo de uma USA [Unidade de Suporte Avançado] é de R$ 100 mil e recebemos R$ 27.500. Na prática, o governo federal não está arcando com 50% dos custos, como diz a portaria”, disse.

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