Oito jogos, dois gols e quase um ano depois, terminou a era Adriano no Corinthians. A diretoria divulgou nota ontem à noite informando que o atacante de 30 anos não jogará mais pelo clube.

Adriano chegou ao Corinthians em março do ano passado. Durante os quase 12 meses em que defendeu o clube, participou de apenas oito partidas. Fez dois gols, o mais importante contra o Atlético-MG, na reta final do Brasileiro do ano passado.

Em abril, teve uma lesão que retardou sua estreia por quase seis meses. Ele só estrearia no dia 9 de outubro, contra o Atlético-GO. Nesta temporada, marcou contra o Botafogo-SP em meio a atuações discretas no Estadual.

O Corinthians pagava cerca de R$ 380 mil mensais ao atacante, que durante sua passagem foi pivô de polêmicas, que normalmente culminavam com atrasos em treinos. Em um ano, gastou ao menos R$ 4 milhões com ele.

Ontem, imediatamente após saber da notícia, o Flamengo se mobilizou e sinalizou que deve, no mínimo, chamar Adriano para uma conversa. Financeiramente, o clube considera viável um acerto com o jogador, campeão brasileiro pela equipe carioca em 2009.

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"A diretoria e o atacante Adriano decidiram, em comum acordo, encerrar o contrato de trabalho entre as duas partes que era válido até junho próximo", diz a nota.

O Corinthians ainda informa que representantes do atacante e o departamento jurídico do clube vão negociar os detalhes do distrato.

"Desta forma, Adriano não integra mais o grupo profissional do Corinthians e, por consequência, está dispensado de se reapresentar amanhã [hoje] com o restante do elenco", encerra a nota.

Minutos depois, o diretor de futebol Roberto de Andrade comentou a decisão.

"Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance e chegamos à conclusão de que era melhor encerrar o contrato, e ele também achou isso", declarou à rádio Globo.

Na sexta-feira, o técnico Tite havia cortado Adriano do duelo contra o Guarani (1 a 1), pelo Paulista, e do jogo de amanhã no México, contra o Cruz Azul, pela Libertadores.

O treinador havia se irritado com a falta de comprometimento do atacante nos treinos e com a dificuldade dele para entrar em forma.

"Ele não treinou como gostaríamos que treinasse durante a semana. Por isso está fora. Seus trabalhos não tiveram intensidade, qualidade, dedicação e aplicação tal qual tiveram os dos outros", declarou o técnico corintiano na última sexta-feira, ao explicar o veto do atacante.

Em dezembro, ele virou caso de polícia após uma mulher levar um tiro na mão dentro de seu carro --no fim, ela admitiu que fez o disparo.