Operação da PF contra fraude no seguro obrigatório prende 12

Ao todo, 12 pessoas foram presas nas cidades de Imperatriz, Senador La Rocque (MA) e Marabá (PA). Um deles era escrivão nomeado da Polícia Civil

06/03/2012 15:31

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Folha

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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira uma operação contra fraudes em pedidos e recebimentos do seguro obrigatório (Dpvat). O prejuízo é estimado em R$ 1,5 milhão somente no ano passado.

Ao todo, 12 pessoas foram presas nas cidades de Imperatriz, Senador La Rocque (MA) e Marabá (PA). Um deles era escrivão nomeado da Polícia Civil.

A operação, que contou com 89 policiais federais, ainda cumpriu 15 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos documentos falsos, carimbos de órgãos do Estado e uma impressora.

A investigação começou após a abertura de três contas na Caixa Econômica Federal em Imperatriz com a utilização de documentos falsos, das quais foram depositados e sacados os valores de três indenizações por acidentes de trânsito, no valor de R$ 28.350.

Em março do ano passado, a PF detectou as irregularidades e instaurou um inquérito.

Segundo a PF, a quadrilha recrutava laranjas para entrar com pedidos no Dpvat usando documentos médicos ou policiais falsos que apontavam lesões decorrentes de acidentes. Com o pedido autorizado, abriam contas com documentos falsos para sacar o dinheiro.

Em um dos casos, a mesma pessoa entrou com dois pedidos alegando ter tido a perna direita amputada.

Os presos, que não tiveram os nomes divulgados, responderão pelos crimes de falsificação de documento público e particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, estelionato e formação de quadrilha.

No Brasil, todo o cidadão que sofre um acidente de trânsito tem direito ao benefício do seguro Dpvat, que é pago por todos os donos de veículos. No ano passado, os valores pagos somaram R$ 2,287 bilhões, segundo a Seguradora Líder, responsável pela administração do seguro.

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