Faltando pouco menos de cinco meses para o início da Olimpíada de Londres, Mano Menezes ainda não encontrou os três jogadores com mais de 23 anos que pretende levar para os Jogos. Nesta terça-feira, na vitória sobre a Bósnia, os dois titulares mais experientes do time foram mal e acabaram criticados pelo técnico após a partida.

Ronaldinho Gaúcho, escalado para ser o cérebro do time, saiu no segundo tempo por, segundo o treinador, não ter conseguido fazer o time fluir. Julio Cesar, por sua vez, voltou a falhar com a camisa da seleção. Com isso, diminuem as chances olímpicas dos dois – vale lembrar que Mano disse que os três veteranos que irão a Londres provavelmente estavam na Suíça para o amistoso contra a Bósnia.

Titular absoluto até a Copa de 2010, Julio vem caindo de produção desde as quartas-de-final do Mundial da África do Sul, quando falhou contra a Holanda no jogo em que a seleção acabou eliminada. Na Copa América do ano passado, o goleiro voltou a errar em lances fáceis.

“Ele esperou chute um forte e o chute saiu fraco. Às vezes, é a fase”, disse Mano, sobre a falha de Julio contra a Bósnia.

Rafael é uma opção caso o treinador não queira levar Julio para Londres. O goleiro do Santos, que tem idade olímpica, estava no banco durante o amistoso.

Ronaldinho, por sua vez, vê a sombra de Ganso crescer. Substituído no segundo tempo do jogo contra a Bósnia, o meia do Flamengo viu Mano dizer que gostou mais da atuação do santista, que tem a vantagem de ter idade olímpica.

“O Ronaldinho esteve abaixo, a jogada terminava nele. Não teve sequência com qualidade de passe. A equipe fluiu melhor com o Ganso, ele deu mais continuidade aos lances”, declarou o técnico.

Quem também parece ter perdido pontos com o treinador é David Luiz. O zagueiro foi repreendido por Mano depois do amistoso.

Vale lembrar que o jogador atua justamente em uma posição carente da seleção olímpica, já que Mano não chamou nenhum jogador com idade para ir a Londres para esta função em sua última convocação.

“O David Luiz teve uma atuação abaixo do que pode. Tivemos uma conversa no intervalo e uma após o jogo. Eu disse que errar faz parte da vida e que ele não podia se desequilibrar com isso. Ele perdeu a concentração, o que é normal”, afirmou o comandante da seleção.