A tática do mistério foi cumprida à risca na terça-feira pelo técnico do Vasco, Cristóvão Borges, que não apresentou qualquer esboço do time que enfrentará o Flamengo nesta quarta no Engenhão, na primeira semifinal da Taça Guanabara. Sem revelar a escalação o treinador lembrou que pode armar sua equipe de várias maneiras diferentes.

“Vou colocar aquilo que acho que vai ser mais produtivo diante daquilo que o Flamengo pode apresentar”, desconversou Cristóvão Borges.

Questionado sobre a possibilidade de escalar os veteranos Juninho e Felipe juntos no meio, o técnico não pestanejou.

“Eles podem jogar juntos, sim, como já fizeram várias vezes. Depende da maneira que se imagina o adversário. Na derrota para o Nacional, eu poderia dar um monte de explicações verdadeiras sobre o que aconteceu, mas não vale a pena. A tendência é ficar em cima só de Felipe e Juninho, pelo que eles representam. Tivemos muitos problemas para aquela partida”, explicou o comandante.

Outra alternativa para enfrentar o arquirrival seria a saída de um dos veteranos para a escalação de William Barbio ao lado de Alecsandro no ataque. Para Cristóvão, esta foi mais uma opção adquirida devido à qualidade do elenco.

“Não só ele (Barbio), mas durante alguns jogos poupamos jogadores, justamente para que aqueles que jogavam menos participassem mais, para eu poder ter mias opções. O William é uma delas, e tenho hoje jogadores em melhores condições. A ideia é ter um nível no qual todos estejam prontos para jogar”, explicou.

Cristóvão ressaltou ainda as qualidades do Flamengo e comentou a postura que espera de seus atletas no clássico.

“Nós sabemos que as laterais são uma grande força do time deles. Mas o Flamengo é muito forte. Equipe grande tem variações de jogo, todo mundo tem seu ponto mais ou menos forte. O Flamengo é forte, nós sabemos disso, e temos que ter tranquilidade e equilíbrio para encarar bem o jogo”, afirmou.