AMA discute com gestores e entidades soluções para a situação dos matadouros públicos de AL

Cerca de 30 matadouros em AL estão interditados. Governo do Estado estuda a ideia de construir por região, responsabilidade será do Estado

13/02/2012 10:28

A- A+

Jessica Pacheco

compartilhar:

Na manhã desta segunda-feira (13), a Associação dos Municípios Alagoanos promoveu uma reunião com prefeitos municipais e representantes de diversos órgãos ligados a agricultura e pecuária do Estado para discutir a situação dos matadouros públicos do Estado de Alagoas.

A pauta da reunião foi a situação alarmante dos matadouros público pelo interior do Estado que só neste ano, teve três interditados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – em Matriz do Camaragibe, Porto Calvo e Taquarana. Ao todo são 27 que estão com as atividades suspensas.

Jessica Pacheco“A reunião buscar soluções para a situação que é alarmante. Queremos, juntos com os prefeitos, encontrar formas de adequar a situação, tanto as questões sanitárias, trabalhistas e ambientais”, explicou o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural e Abastecimento (Ideral), Manoel Tenório.

Durante a discussão, foi levantada a hipótese de construir matadouros regionais e não mais municipais. Nesse caso, o estabelecimento ficará sobre o cuidado do Estado e atenderá os comerciantes das cidades circunvizinhas ao seu local de construção.

“Vale ressaltar que a maioria dos nossos matadouros está envelhecido, sucateados e ultrapassados, salvo raras exceções”, disse José Marinho. “Mas temos o propósito de evoluir, o propósito de melhorar. Muitos dos prefeitos já estão conscientes disso, estão trabalhando tentando modificar, tentando obter recursos para melhorar essas estruturas”, disse Marinho.

Segundo o secretário-adjunto, a idéia de matadouros regionais será trabalhada, serão realizados estudos técnicos e só depois desses resultados o Governo do Estado irá se pronunciar. Ainda de acordo com Marinho, apenas a situação do matadouro de União dos Palmares já está definida, mas por conta da destruição do mesmo durante a enchente
De 2010.

“Hoje um matadouro dentro das normas do Ministério, não saí a menos de R$ 4 milhões, e sua manutenção também é muito cara”, disse o secretário-adjunto. “É bom que fique claro que a secretaria e o Governo do Estado esta realizando um estudo dentro dessa lógica dos matadouros regionais, mas não pra chegar lá e beneficiar ‘a’, ‘b’ ou ‘c’, será feito um estudo técnico e essa discussão será aprofundada”, finalizou.

Jessica Pacheco

De acordo com o prefeito de Taquarana – um dos municípios com matadouro interditado neste ano - , Alair Correia (PMDB), a situação é complicada e antiga, ‘não é por falta de vontade e sim de recursos’. Contudo, Alair também concorda que a situação precisa ser resolvida urgentemente e se diz envergonhado pela situação em que o município foi exposto.

Para a promotora, Dalva Tenório, a situação será resolvida, basta a boa vontade dos políticos e os recursos técnicos e estudos que serão realizdos. Sobre a construção dos matadouros regionas, a promotora pediu transparência na escolha dos locais onde eles serão construídos, e aconselhos os gestores municipais a acompanhares os estudos que serão realizados com esse propósito.

“Os prefeitos tem que pedir, a quem de direito, realizar um estudo para saber 'por que aquele local foi o escolhido'. A localização tem que ser escolhida tecnicamente, pois isso vai servir para vocês no futuro”, disse a promotora Dalva Tenório. “Quando vocês foram construir, quando receberem os recursos, pensem no conjunto, a parte trabalhista, a parte ambiental, e outras. Sempre queiram um técnico perto de vocês, para que quando terminado, não falte uma licença ambiental. Sabemos das dificuldades, mas temos certeza que passa por uma decisão política e técnica e vamos acompanhar”, disse. 

Matérias Relacionadas:

Condições de trabalho nos matadouros serão discutidas em audiência em Arapiraca

Matadouros irregulares serão fechado, diz Ministério do Trabalho em Alagoas

Justiça do Trabalho lacra três matadouros em cidades de AL

Reunião define centralização de matadouros em Delmiro Gouveia

Adeal intensifica fiscalização a matadouros e laticínios

 

 

Primeira Edição © 2011