Líderes militares percebem em reunião que não há comprometimento do Governo

Acordo ainda não foi formalizado pela Segesp e entidades marcam Assembleia Geral para o dia 1º de fevereiro

26/01/2012 13:17

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Assessoria

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Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (26) entre os líderes militares das Assomal, ACS/AL, Assorpobom, Assmal, Aspra, Abmal e Arpmal e o secretário Alexandre Lajes da Secretaria de Estado da Gestão Pública (Segesp), diversas reivindicações foram feitas, e entre elas está à correção do quinquênio.
À espera de uma resposta concreta há quase um ano, líderes das entidades militares foram a esta reunião com Alexandre Lajes em busca de um resultado concreto para a categoria. No entanto, a resposta dada na mesa de negociação foi ‘estamos avançando’, conforme alegou o secretário da Segesp em relação à aplicabilidade da quinquênio e data-base. Segundo Alexandre Lajes, essa negociação implica em levantamento de números para saber os impactos no Estado. “Estamos analisando tudo, mas em nenhum momento disse sim ou não para a categoria”, pontuou Lajes.

O presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas, major PM Wellington Fragoso, foi mais além e lembrou que a mobilização foi forte, desde que os militares entraram para cobrar as seis datas-base não pagas, a correção do quinquênio e os 7% de resíduo baseado na Lei 6.824. “O secretário da Segesp disse que o governador havia batido o martelo, mas o acordo foi apenas verbal e nós queremos colocá-lo no papel. Nesta reunião sentimos que o governador está querendo sair pela tangente, pois não vemos comprometimento em falar o que será apresentado. Porém, não abriremos mão do que foi acordado para encerrar a mobilização no ano passado”.

Alexandre Lajes informou ainda já ter o IPCA do ano passado e que ele fechou em 6%. “Essa política garante a reposição baseada no IPCA, porém devemos ser cautelosos quando se tratam dos impactos na folha, onde a educação e a segurança pública representam quase 60% desta fatia. Além disso, iremos definir a questão dos concursos e temos que ver com o Teotonio Vilela as prioridades. Entretanto, paulatinamente iremos cumprir as reivindicações solicitadas dentro das possibilidades do Estado”, afirmou.

Para o presidente da Associação de Cabos e Soldados em Alagoas, cabo PM José Soares, a tropa confiou no secretário devido à negociação que vem ocorrendo há alguns meses. “A reunião não saiu conforme esperávamos, mas iremos nos manifestar somente após a ligação que o Alexandre Lajes nos dará na próxima segunda-feira (30). A partir da resposta dele, saberemos como todas as entidades pretendem se posicionar na Assembleia Geral que será no dia 1º de fevereiro na Arpmal”.

“Infelizmente o que notamos nesta reunião foi uma possível quebra de acordo, entretanto vamos esperar pela ligação do secretário da Segesp, daí a ACS/AL juntamente com as demais entidades vão tomar algumas atitudes, pois não iremos aceitar isso”, finalizou o vice-presidente da ACS/AL, cabo BM Rogers Tenório.

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