Romero Vieira Belo
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Nova pesquisa do Instituto Ibrape, com dados divulgados neste final de semana, mostra que a grande maioria dos maceioenses apoia a cruzada do senador Renan Calheiros em defesa da capital e de Alagoas, na busca de compensação financeira por parte da Braskem em face do desastre ambiental na região do Pinheiro e bairros adjacentes.
Segundo o Ibrape, nada menos que 76% dos habitantes de Maceió apoiam as ações do senador, enquanto 49% desaprovam a atuação do prefeito João Henrique Caldas, o JHC, nessa questão.
Os números da sondagem são dissecados em artigo do articulista Elias Fragoso, publicado no semanário Extra, em que ele salienta:
“Nos dias 16 e 17 deste mês, o instituto de pesquisas IBRAPE realizou na cidade de Maceió uma pesquisa de opinião com 2000 pessoas e, dentre as diversas questões, o instituto perguntou se as pessoas concordam com as ações do senador Renan Calheiros em apoio aos afetados pelo megadesastre que a Braskem provocou em nossa Capital e sua articulação para que a venda da empresa se dê apenas após a resolução do imbróglio Braskem em Maceió (lembra que a empresa, e sua maior acionista a ex. Odebrecht foram condenadas na Lava Jato no Brasil, e nos EUA pagaram alguns bilhões de dólares para se manter operando e não ter diretores presos?)”, acrescentando:
“Mas voltemos à pesquisa. A resposta dos maceioenses sobre a atuação do senador neste imbróglio Braskem, alcançou assombrosos 76% de apoio (em cada 10 maceioenses, 7,6 respaldaram esse seu trabalho). Um dado acachapante! E uma resposta cabal da cidadania”.
O comentário prossegue: “Em outra pergunta o IBRAPE perguntou aos maceioenses o que eles achavam da atuação do prefeito JHC no imbróglio Braskem e nada menos que 49% desaprovaram as suas atitudes. Ruim mesmo fica para ele, quando a pesquisa revela o que o entrevistado acha sobre a “doação” criminosa de parte de Maceió à Braskem. Aí a coisa toma ares de calamidade para JHC: nada menos que 60% dos pesquisados reprovam a sua atitude. Um número avassalador para quem tem o poder e máquina de propaganda nas mãos e pretende se reeleger”.
Conforme Fragoso, “É uma resposta dos cidadãos à negociata prefeitura-Braskem, traindo Maceió pelos 30 dinheiros modernos do Judas: o 1,7 bilhão de reais que na verdade é menos de 1 bi – que não serve para quase nada, já que só em mobilidade a cidade precisa de mais de 4 bi de reais para resolver seus problemas atuais – já que a corporação não satisfeita em virar dona de parte da cidade por “doação irregular, ainda tomou para si 700 milhões dizendo que essa grana ela já gastou na cidade em ações mitigadoras do megadesastre que ela provocou”.
O artigo diz que “A pesquisa se estende por outras searas da política, mas o que nos chama a atenção nela é a clara posição de quase 80% dos maceioenses às iniciativas políticas em defesa dos afetados e da população contra as investidas da Braskem. E aí se soma a ação do senador, a entrada decisiva do governador na luta pró Alagoas e seus cidadãos”.
No texto, o analista afirma ainda que não está defendendo A ou atacando B, mas se posicionando em defesa de Maceió e de Alagoas, “dentro dos meus limites e meios, contra quem investe contra nossos interesses e alertar as pessoas sobre isso”.
No fecho do comentário, o autor indaga “Cadê os demais políticos? Vão continuar bancando os avestruzes de sempre fingindo nada estar acontecendo na cidade, com nossa gente?” e conclui: “Quem não está do lado de Maceió e dos maceioenses está nos traindo”.
Primeira Edição © 2011