Angélica conta que sofre ataques quando se engaja em causas nas redes sociais

Em um papo sobre solidariedade, apresentadora lembra ainda sentimento de gratidão

21/12/2020 11:22

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Gshow

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Atos de solidariedade, mesmo que pequenos, podem mudar vidas. No último sábado, 19/12, o Simples Assim recebeu convidados famosos e anônimos para uma reflexão que mostrou que fazer o bem ao outro pode promover uma transformação em nós mesmos. Agora, em um papo com o GshowAngélica lembra com gratidão de pessoas que lhe ajudaram ao longo da vida e fala da importância das boas ações no crescimento pessoal de cada um, revelando que acaba sofrendo ataques nas redes sociais quando se posiciona em prol de causas e campanhas com o objetivo de ajudar.

"Sou grata a muita gente que faz parte da minha vida, da minha história, desde que comecei minha carreira. Sempre tem gente ajudando, dando apoio."

 

A apresentadora enumera com carinho algumas pessoas que lhe ajudaram no início de sua trajetória artísticas – entre elas, o Chacrinha e o diretor Maurício Sherman. "Tive muito apoio dos meus pais, minha gratidão eterna, mas são os meus pais, né? Fora eles, teve a primeira pessoa da agência de publicidade que me chamou, quando me viu no Chacrinha. O próprio Chacrinha que, literalmente, me pegou pela mão e me colocou num palco, porque eu não conseguia. Tem o Maurício Sherman, que foi a pessoa que falou: 'Agora você vai ser apresentadora'. Eu nunca tinha pensado e ele colocou isso dentro de mim", recorda.

Ela destaca ainda que, ao longo da carreira, o apoio de pessoas que cruzaram seu caminho sempre foi essencial para que tivesse a trajetória de sucesso que vemos hoje. "Muita gente foi me levando, me guiando. Sou muito grata a todo mundo, porque realmente não fazemos nada sozinhos. Temos que ficar alertas para as pessoas que se aproximam para nos ajudar e estar abertos a isso. Eu adoro aprender, até hoje amo ter gente que chega na minha vida para acrescentar, me colocar de repente num lugar mais desconfortável, mas que depois sei que isso vai virar uma coisa boa", diz.

 

"A vida é esse movimento de aprendizado e de gratidão. Eu tenho realmente muita gente em volta que me ajudou e me jogou para cima."

 

Angélica tenta retribuir tudo o que conquistou mantendo a solidariedade sempre presente em seu dia a dia. Mas, se antes os famosos eram cobrados a sempre ajudar e se engajar nas mais variadas causas, ela conta que atualmente tem sofrido do oposto. "O que vivo hoje é o contrário. Se vou fazer uma campanha nas minhas redes sociais, dizem: 'Ah, doa você então, por que está pedindo?'. Ou se boto algo tipo 'ajude a doar sangue', me falam: 'Está fazendo isso para aparecer'. Então, hoje não recebo gente cobrando que eu ajude, e sim gente criticando quando ajudo", lamenta.

 

"Hoje vivo a cobrança ao contrário. Quando me posiciono com relação a qualquer coisa, falam que eu não deveria porque tenho uma vida muito boa, que não preciso falar disso, não posso falar daquilo. É muito chato. Essa cultura do ódio está invertendo alguns valores."

Apesar disso, a apresentadora segue praticando suas boas ações e difundindo o mesmo ideal para seus filhos, pois acredita que só assim será possível proporcionar um futuro melhor a todos. "Não tenho dúvida de que as ações que eles veem os pais fazendo influenciam diretamente no que vão ser no futuro. Claro que na escola aprendem muito, mas dentro de casa é onde começa mesmo. Por exemplo, eu medito e as crianças antes ficavam me sacaneando: 'Lá vai a mamãe meditar!', ficavam brincando. Agora eles não fazem mais isso, já respeitam meu momento e ouço: 'Mãe, vamos meditar juntos?'. Então, é um processo, você vai introduzindo ali pequenas pílulas e, quando vê, a criança já está dentro também. No caso da solidariedade é a mesma coisa, eles começam a ter um olhar diferente, porque os pais têm esse olhar, e vão crescer, graças a deus, com esse bichinho da solidariedade dentro deles".

 

"Que graça tem a gente estar aqui se não for para o outro, se não for para o todo? Não tem graça achar que sozinho que vale a pena. Não é sozinho que vale a pena."

Primeira Edição © 2011