Duas perguntas aos eleitores de Maceió

01/11/2020 14:41

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Romero Vieira Belo

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Esta semana, um observador político fez a seguinte colocação: “O que pode fazer, o próximo prefeito de Maceió, se não contar com o apoio, o empenho e a coloração do governador?”.

- Essa questão – disse ele – deveria ser dissecada à exaustão durante a campanha, pelo que tem de determinante quanto ao desempenho do futuro administrador da capital.

Para esse observador, no interior do Estado, tal discussão não pesa muito porque os municípios vivem dentro de limites conhecidos e que os tornam todos praticamente iguais, ou quase.

Na capital, contudo, o cenário é outro. Os problemas são imensos e os desafios são insuperáveis, e até agravados, se o gestor contar apenas com os recursos a que o município tem direito.

O próprio Rui Palmeira, segundo o analista, teria feito um trabalho amplo, difuso e objetivo, com mais projetos e obras, atendendo mais a população, se em razão da campanha eleitoral de 2018 sua relação com o governo do Estado não tivesse sofrido uma ruptura, reparada tardiamente nos últimos meses.

- Renan Filho melhorou a mobilidade urbana, com Eixos Viários na Av. Fernandes Lima, está viabilizando um viaduto que vai acabar com o terrível nó viário no Tabuleiro, fez uma revolução urbana em mais de 50 grotas e presenteou Maceió com dois grandes hospitais (Metropolitano e da Mulher) e um Centro Cardiológico para Crianças, além de ter posto para funcionar duas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento). Reformou e ampliou escolas, construiu quadras esportivas, restaurou o Rei Pelé. E, na pandemia, situou Alagoas entre os estados com a menor taxa de mortes e contágios do coronavírus. Mais: com Alfredo Gaspar na Segurança, derrotou a bandidagem que assolava a capital. E tudo isso acaba se diluindo no cenário da gestão do próprio Rui...

Agora, e se o governador, por dissensões com o prefeito, tivesse optado por investir mais e mais apenas no interior?

O observador arrematou sua análise asseverando que o eleitor maceioense, pensando unicamente no futuro da capital, deve se colocar (ou ser colocado), diante de duas questões:

1 – o que esperar de um futuro prefeito sem apoio do governador?

2 – qual dos atuais candidatos tem o apoio do governador?

 

SILVANIA BARBOSA NA LUTA PELA REELEIÇÃO

A disputa é acirrada, tem candidato apelando para o ‘vale tudo’, mas a vereadora Silvania Barbosa se mantém fiel ao seu estilo. Em busca da reeleição, faz campanha mostrando a essência do trabalho que realiza com obstinação e competência, dentro da Câmara e nos bairros que defende e representa, como Poço, Centro, Prado, Trapiche, Ponta Grossa, Vergel, dentre outros.

 

VEREADORA TEM APOIO DE RENAN FILHO

Assim como Kelmann Vieira, presidente da Câmara, Silvania Barbosa tem como principal parceiro, na atual campanha, o governador Renan Filho que, segundo o Ibope, tem avaliação positiva de mais de 80% dos maceioenses, quando somados os itens bom, ótimo e regular. É um recordista em popularidade na história dos governadores alagoanos. E um apoiador decisivo.

 

O DÓLAR, GUEDES, AS DOMÉSTICAS E O POVO

Funciona assim: o dólar sobe, o produtor rural – diante do real em queda – prefere exportar, e o preço do produto, obviamente, dispara. É o caso, por exemplo, do óleo de soja. Mas o dólar sobe, também, porque Paulo Guedes, o cérebro financeiro de Bolsonaro, não admite que empregada doméstica possa comprar a moeda norte-americana para fazer um passeio à Disney.

 

O GOVERNO E A PRIVATIZAÇÃO DO SUS

Para provar que é um liberal desvairado, Paulo Guedes só não vende o Banco do Brasil e a Caixa Econômica porque o Congresso não vai permitir nunca. Mas isso não incomoda o genial ministro. Afinal, ele já convenceu Bolsonaro a editar um decreto que abre caminho para a privatização do SUS. Decreto, aliás, revogado 24 horas após enxurrada de críticas...

 

CRISTIANO MATHEUS, O POLÍTICO ITINERANTE

Cristiano Matheus decidiu mesmo se impor o título de ‘político ambulante’. Vereador em Maceió (depois foi deputado federal), o ex-repórter policial mudou-se para Marechal Deodoro, onde se elegeu prefeito e, agora, deslocou-se para disputar a Prefeitura de Pão de Açúcar. O que não falta ao Matheus, como se vê, é domicílio eleitoral.

 

ENROLADO, RUSSOMANO CONTA COM ROLLO

Em São Paulo, Celso Russomano interpreta, mais uma vez, o papel de cavalo paraguaio. Larga em disparada e desaba logo adiante. Agora, está enrolado num processo de dívida de um bar que ele tinha em Brasília. A dívida superar os R$ 7 milhões. Mas o ‘patrulheiro do consumidor’ já tem um advogado cujo nome não poderia ser mais esclarecedor: Arthur Rollo.

 

Primeira Edição © 2011