Reino Unido abandona plano de retorno das aulas antes das férias

09/06/2020 15:58

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EFE

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O Reino Unido abandonou nesta terça-feira o plano de retorno antes das férias do verão europeu de todos os alunos das escolas primárias da Inglaterra, fechadas desde março pela pandemia da Covid-19.

Na sequência das preocupações expressas por grupos de professores sobre dificuldades em cumprir as medidas de segurança para evitar o contágio, o ministro da Educação, Gavin Williamson, reconheceu hoje no Parlamento que não espera a abertura das salas de aula até setembro.

"Vamos trabalhar para levar todas as crianças de volta à escola em setembro", disse Williamson, depois que o governo planejou inicialmente o retorno gradual das crianças.

Na semana passada, as crianças mais novas, de 4 a 6 anos e 10 anos, voltaram às aulas na Inglaterra como parte do desconfinamento, mas as mais jovens nas outras regiões britânicas - Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales - não o farão por enquanto.

O governo queria que todos os alunos pudessem retornar às aulas semanas antes do início das férias escolares no final de julho, depois que dados oficiais indicaram uma diminuição no nível de infecção pelo novo coronavírus no Reino Unido.

No entanto, em sua declaração parlamentar, Williamson reconheceu que a segurança das crianças e do corpo docente é a "prioridade" do governo e insistiu que as autoridades britânicas fossem guiadas pelos "melhores conselhos científicos".

O governo optou, então, por dar "flexibilidade" às escolas para que elas decidam se admitem ou não mais alunos, mas não será obrigatório abrir as salas de aula antes das férias.

Na Inglaterra, muitos pais optaram por não levar seus filhos para a escola por medo de contágio.

Professores e diretores de escolas denunciaram as dificuldades de manter a distância social recomendada - de no mínimo dois metros - entre os alunos e ter turmas menores, por motivos de espaço e de pessoal.

Os últimos dados oficiais indicam que o Reino Unido registrou 55 novas mortes por Covid-19 ontem, o menor número desde o início do confinamento, em 23 de março, subindo o número total de vítimas para 40.597. EFE

Primeira Edição © 2011